Investidores da Ubisoft entram na Justiça para renegociar acordo com a Tencent

Investidores da Ubisoft entram na Justiça para renegociar acordo com a Tencent

A Ubisoft enfrenta um novo desafio legal após o anúncio de uma parceria estratégica com a Tencent para a criação de uma nova subsidiária responsável por gerir algumas de suas franquias mais valiosas, como Assassin’s Creed e Far Cry. A gigante chinesa detém 25% de participação na nova empresa, mas o acordo causou descontentamento entre investidores minoritários da editora francesa.

Acionistas questionam transparência e benefícios do acordo

Um grupo de acionistas minoritários se uniu para iniciar um processo legal contra a Ubisoft, com o objetivo de forçar a renegociação do acordo com a Tencent. Segundo o grupo, a atual estrutura levanta dúvidas sobre como a parceria beneficiará os investidores, além de mencionar uma queda de mais de 20% no valor das ações da Ubisoft desde o anúncio da subsidiária.

De acordo com informações apuradas, os acionistas também alegam que o movimento pode estar sendo utilizado como uma estratégia da família Guillemot — fundadora da Ubisoft — para reconsolidar seu controle sobre a companhia, diminuindo o poder de voto dos demais investidores.

Carta exige renegociação ou compensação direta

Em uma carta enviada à diretoria da Ubisoft, o grupo de acionistas exige o direito de votar sobre a parceria com a Tencent. Eles propõem uma renegociação completa do acordo, sugerindo a venda direta dos ativos envolvidos por €4 bilhões. Como alternativa, pedem uma compensação de €23 por ação, totalizando €3 bilhões a serem devolvidos aos investidores.

A reação do mercado foi imediata: desde a formalização do anúncio da nova subsidiária, as ações da Ubisoft já caíram 24%, reforçando a percepção de incerteza entre investidores e analistas.

Ubisoft ainda não respondeu publicamente

Até o momento, a Ubisoft não se pronunciou oficialmente sobre o processo legal ou as exigências dos acionistas. A parceria com a Tencent representa um movimento estratégico significativo para a empresa, especialmente em um momento em que diversas editoras ocidentais buscam novas fontes de financiamento e acesso ao mercado asiático.

No entanto, a falta de clareza sobre os termos da subsidiária e seus impactos sobre a governança corporativa da Ubisoft está alimentando um clima de instabilidade, que poderá se intensificar caso o impasse legal avance para os tribunais franceses ou europeus.

Fonte: Insider Gaming