Por Finalizei a segunda temporada de Castlevania Nortuno da Netflix e me surpreendi mais uma vez como o serviço de streaming acertou demais com essa animação, conto tudo o que achei no texto abaixo.
Antes de começar só preciso deixar bem claro que sou um jogador de Castlevania desde o NES 8bits, o telespectador precisa entender que essa animação é uma adaptação dos jogos e que se você é bitolado por lore e afins fica tranquilo que os jogos ainda existem e estão lá para você jogar, se procura uma animação incrível e com uma narrativa bacana, vem comigo então.
De forma obrigatória é preciso ter assistido a primeira temporada para entender a atual situação que começa a segunda temporada da série.
O que está acontecendo até então
A segunda temporada de “Castlevania: Noturno” aprofunda a narrativa estabelecida, oferecendo uma experiência rica em desenvolvimento de personagens e ação intensa. Ambientada durante a Revolução Francesa, a série continua a explorar temas de transformação pessoal e conflitos internos, destacando as complexas relações entre os personagens principais, como por exemplo Ritcher Belmont que foi bastante polêmico na primeira temporada por falta de carisma e protagonismo e nessa segunda temporada teve um destaque melhor e culminando com uma das cenas mais incríveis da série.
A dinâmica entre Maria e sua mãe vampira, Tera, é particularmente notável, ilustrando os desafios de manter laços familiares em meio os desejos vampirismo de sua mãe Terá em tentar controlar sua sanidade e ajudar no treinamento de sua filha.
A narrativa da segunda temporada
A trama segue Richter Belmont, Alucard e seus aliados enquanto continuam a resistir contra a ascensão de Erzsébet Báthory, que busca dominar o mundo com sua nova ordem vampírica. O contexto da Revolução Francesa continua sendo um pano de fundo fascinante, misturando revolta política com uma luta sobrenatural com muita ação envolvida e cenas bem intensas.
A jornada de Richter é uma das mais impactantes da série. Ele precisa lidar com seu passado, superar traumas e encontrar sua própria identidade dentro da linhagem Belmont, aqui foi um dos personagens que mais evoluiu dentro da trama.
A relação entre Maria Renard e sua mãe, Tera, ganha ainda mais profundidade, mostrando o peso do medo e da esperança em tempos de guerra. A dualidade de Tera entre seu amor por Maria e sua nova natureza como vampira é um dos pontos altos da temporada, sendo um dos maiores destaques entre os episódios e mostrando um lado puramente vingativo de Maria.
Annette continua sendo um dos personagens mais intrigantes, com sua conexão com a magia. Entretanto, a série poderia explorar ainda mais a história de Saint-Domingue e suas repercussões dentro do enredo, sendo que até mesmo a personagem é super importante para o desfecho dessa temporada.
A relação entre o vampiro Olrox e o cavaleiro Mizrak é uma das mais inesperadas e bem construídas. Olrox, que começa como um vilão, revela camadas de emoção e conflito interno que tornam sua jornada fascinante e muito complexa dentro da trama.
Erzsébet Báthory continua sendo uma presença ameaçadora, mas há momentos em que sua motivação poderia ser melhor desenvolvida, pois em certos momentos ela é meio que deixado de lado e o foco maior é em sua vassala Drolta na qual volta com tudo nessa segunda temporada.
Alucard apesar de liderar o time contra Erzsébet, também é um personagem que fica mais em segundo plano já que sua lore já foi bem construída na primeira série e o foco aqui é em Ritcher e sua jornada.
Visual e animação de cair o queixo
A animação continua sendo um dos pontos altos da série, com cenas de batalha fluidas e muito bem detalhadas. Os poderes mágicos dos personagens são representados com efeitos visuais impressionantes que faz o telespectador ficar empolgado nas cenas, e o design dos vampiros e criaturas mantém a estética gótica da franquia sem perder em nada para outras animações, digo que essa série é uma das melhores em seus visuais dentro do serviço da Netflix.
Conexão com a franquia Castlevania;
Aqui vai um ponto bem importante para todos, como citei no começo do texto em relação desta adaptação com os jogos.
A série continua inserindo referências aos jogos, especialmente Rond of Blood e Symphony of the Night.
Juste Belmont, por exemplo, conecta a animação ainda mais ao legado da família Belmont, fui procurar mais sobre para entender o personagem.
A aparição de um certo personagem no final da temporada sugere que a próxima fase da série poderá ser fortemente focada em Symphony of the Night e assim deixando os fãs mais ansiosos para essa sequência dentro do jogo mais importante de toda a franquia.
Considerações finais
A segunda temporada de “Castlevania: Noturno” eleva a série a novos patamares, combinando ação intensa, desenvolvimento de personagens e um enredo emocionalmente carregado e complexo. Apesar de algumas oportunidades perdidas em termos de aprofundamento de certos personagens, a temporada entrega um espetáculo visual e narrativo digno do legado de Castlevania que foi construído desde a sua primeira série, a Netflix está de parabéns e se recomendo essa série aos consagrados, já digo que você está perdendo uma baita série, recomendadíssimo.