Por Visions of Mana é o mais novo jogos da série principal dentro de série Mana, que chegou aos consoles e PC no dia 29 de Agosto depois de uma espera de muitos anos desde o último lançamento da linha principal com Legend of Mana, para quem não conhece a série Mana, fiz uma playlist sobre a série e falando sobre os jogos principais da mesma, deixarei um link após a Review e convido os consagrados a conhecer os vídeos que fiz especialmente para vocês ficarem por dentro da série Mana no meu canal.
Como eu falei a espera foi muito longa, mas isso não quer dizer que os fãs estavam órfãos da série que teve muitos jogos derivados principalmente nos portáteis e smartphones, mas as expectativas estavam altas para Visions of Mana desde o seu surgimento em um trailer no TGA 2023 na qual cobri com a galera do Platinando aqui e vibrei muito quando o jogo apareceu no evento e desde então estava acompanhando tudo sobre o desenvolvimento e até o seu presente momento e sim era um dos meus grandes hypes para jogar esse ano.
Desenvolvimento
Mas vamos falar sobre o desenvolvimento do jogo que ficou a cargo da Ouka Studios, conhecidos também como a Sakura Studios e era uma subsidiária da NetEase Game, eu disse era pois quem acompanha as notícias, sabe que o estúdio foi fechado assim que lançou Visions of Mana infelizmente, mas o jogo ainda é uma IP da Square e sim publicado pela mesma, mesmo que seja uma notícia triste o fechamento da Ouka Studios, a série Mana continua como IP da Square e sabe se lá quando veremos um novo jogo.
Começando a falar a respeito do jogo que foi um divisor de águas até mesmo para quem curte JRPG de longa data, pois eu digo logo de cara que Visions of Mana não reinventa nenhuma roda e não cria algo muito complexo em termos de narrativa, digo que a Ouka Studios quis jogar no seguro em trazer um clássico JRPG nos moldes mais antigos, gameplay, sistema de batalhas, evolução e por aí vai, trazendo a já conhecida saga que envolve a grande árvore de Mana e sua famosa espada na qual fazem parte de todos os jogos da série e que ditam a narrativa pela jornada dos personagens.
Introdução
Vou dizer brevemente a premissa da história de Visions of Mana e como está o contexto dessa narrativa, No mundo do jogo, a cada quatro anos pessoas são escolhidas por seres elementais para fazer uma peregrinação até a Árvore de Mana, com a missão de salvar e proteger o futuro da humanidade.
Tudo muito simples, mas tem um porém: chegando ao destino final, essas pessoas escolhidas, conhecidas como “Alms”, precisam oferecer suas almas em sacrifício para a Árvore de Mana. Se algum dos escolhidos elementais (o Alm do fogo, por exemplo) se recusar ou falhar nessa missão, a destruição cairá sobre a região do mundo correspondente àquele elemento.
Onde a maioria dos residentes de cada região considera esse ritual e a pessoa escolhida para o mesmo um honra inestimável e você ver isso durante a história do jogo como os personagens que são os escolhido e que fazem parte da sua party nessa jornada tratam esse momento de uma forma heroica para com o seu povo nessa peregrinação até a Deusa Mana no santuário de Mana, onde está localizado a grade árvore de Mana, haja mana em uma única frase meus consagrados, mas faz parte.
História
Você é Val o protagonista do jogo que é nomeado o guardião para reunir cada um dos escolhidos e levá-los em segurança até o seu sacrifício no ritual.
Mas existe umas entrelinhas nessa narrativa que torna essa história única e não deixa ela se tornar tão genérica, mas claro que um bom clichê de histórias de animes que já vimos em alguns casos estão presentes aqui, clássica jornada do herói, amizades acima de tudo, amor não declarado, vilão em busca de vingança, personagens que são contra o ritual e eles tem até razão neste ponto, algumas tramas que vão chamando a sua atenção em querer saber até onde vai essa galera que está no seu comando, você passa toda a jornada com eles e será que realmente haverá o ritual de sacrifício para a Deusa Mana?
Com isso tudo em mente o jogador se sente até envolvido e digo com todas as palavras que apesar de Visions of Mana ser aquele JRPG clássico sem nada de inovador e até com uma história bem clichê eu amei o jogo, como falei em lives e vídeos, foi o meu confort game deste período e como eu estava com saudades de jogar um JRPG.
Gameplay
Mas vamos falar de gameplay do jogo para que os consagrados saibam o que estarão jogando quando adquirir o mesmo, como já falei se trata de um JRPG clássico em tudo mesmo, temos uma gameplay onde você fará visitas em regiões distintas e cada uma com o seu elemento principal (Fogo, Gelo, Vento, Luz) e por aí vai, os mapas de cada região são bem grandinhos e semi abertos assim por dizer, tem como explorar bastante coisa, como ir atrás de baús, itens, dungeons secretas e afins, dependo da região ser bem grandinha é possível chamar seu “ubercão” para atravessar com mais rapidez alguns cenários o que achei ruim dessa mecânica é que para batalhar tinha que descer do “ubercão” para entrar em batalhas, isso me deixava cansado e cheguei a andar a pé na maioria das vezes pois eu sou o louco por batalhas aleatórias para farmar e upar meus personagens.
As batalhas mantém o clássico da série, são em tempo real, para quem curte está um prato cheio, é possível fazer muitas estratégias e boas combinações de party para cada região que está enfrentando os inimigos, são 3 personagens por party e sendo que os reservas recebem pontos de experiência por igual mesmo não participando das batalhas, deixando assim o jogo mais dinâmico e não tão cansativo para o jogador ter que ficar usando todos os personagens em repetitivas batalhas.
São cinco personagens jogáveis e é possível cada um ter até 8 classes referente aos espíritos elementais equipados e com uma variação de 3 tipos de armas para cada um, para quem curte montar sua party e build vai ter bastante o que se pensar na hora de enfrentar cada região e seus respectivos monstros e chefes.
Confesso que o jogo demora bastante para engrenar o sistema de classes, pois é um ritmo arrastado da história para que cada elemento esteja disponível para obter a classes e afins, assim lá para depois da metade do jogo sendo bem sincero que esse sistema de classes se torna muito mais importante na jornada, pois no começo fica algo meio guiado o que se tem para usar até chegar nesse ponto.
A variação de inimigos não é um ponto forte do jogo, se repete bastante durante o jogo, as dungeons de desafios de ondas de inimigos são bem bacanas, os chefes não são muitos mas os que aparecem trazem um desafio legal, joguei na dificuldade normal e não tive tantas dificuldades assim, mas perto do final o jogo dá uma boa engrenada na dificuldade que se não estiver em um level razoável pode sofrer um pouco.
Parte técnica
Outra coisa que me deixou bem feliz com o Visions of Mana é sua beleza, graficamente dentro da sua estética anime, o jogo entra algo surreal, o design dos personagens, os cenários das diversas regiões do jogo são lindos, me peguei admirando em vários momentos da jogatina e enaltecendo o carinho da Ouka Studios em manter essa tradição da série sempre nessa pegada anime e jogo com um beleza sem igual nos cenários, ponto muito positivo do jogo e também não devo me esquecer da trilha sonora que entrega aquela jornada do herói e sua turma em uma aventura cheia de fantasia e contos de amizades e amores e descobertas, muito bem elaborada e que traz aquele quentinho no coração ao escutar a mesma desde o momento que você liga o jogo na tela de apresentação e até os momentos mais intensos em batalhas contra os chefes.
Claro que temos que pontuar alguns problemas técnicos que na verdade sou bem sincero não me incomodaram mesmo, mas como eu joguei no PS5 no modo desempenho sentir que alguns momentos do jogo o framerate cai abaixo dos 60fps e durante cenários com vários inimigos ele dava umas quedas brusca, mas como falei nada que tirou a minha imersão do jogo.
Conclusão
Visions of Mana veio com o pé no chão, a Ouka Studios fez um ótimo trabalho em manter a essência de um clássico JRPG e isso tem dois fatores que divide o público, se manter na essência e não inovar para consoles de nova geração fez uma grande parte da galera torcer o nariz para o jogo e perante a crítica não recebeu notas exemplares, mas uma boa parte dos jogadores de videogame, curtiram o game como eu curtir e como falei foi o meu confort game, acredito que a série Mana não é uma série principal dentro da Square ainda mais que nasceu como spin-off de Final Fantasy, então não espere encontrar uma super produção Masterpiece em Visions of Mana, mas sim um jogo que tem uma proposta mais simples e que tenta resgatar a nostalgia dos jogos JRPG de outrora mas que ainda agrada quem está carente de jogos assim atualmente.
Visions of mana está atualmente disponível para PS5, PS4, Xbox Series e PC e infelizmente não possui tradução para o nosso Português Brasileiro.