Kojima se incomoda com boa recepção de Death Stranding 2: “Queria que fosse mais controverso”

Kojima se incomoda com boa recepção de Death Stranding 2: “Queria que fosse mais controverso”

A menos de dois meses do lançamento de Death Stranding 2: On The Beach, o diretor Hideo Kojima surpreendeu ao declarar que não está satisfeito com a recepção positiva que o jogo vem recebendo em seus testes iniciais. Em entrevista à revista Edge Magazine, o criador japonês afirmou que preferiria que o título causasse mais controvérsia, assim como ocorreu com o primeiro Death Stranding, lançado em 2019.

"Fiz muitos testes para o primeiro Death Stranding. Descobri que quatro em cada dez pessoas adoravam o jogo, e seis diziam que era um jogo terrível", contou Kojima.

A polarização do público foi vista pelo diretor como um sinal de que havia alcançado seu objetivo: criar algo original, desafiador e fora dos padrões da indústria.

“Não quero fazer jogos para o mercado de massa”

O contraste com a recepção atual da sequência, que tem se mostrado amplamente positiva entre os testadores, gerou incômodo em Kojima.

“Não quero fazer jogos assim. Não estou interessado em atrair o mercado de massa ou vender milhões de cópias. Não é isso que estou buscando”, afirmou o diretor.

Para Kojima, o equilíbrio ideal está justamente na divisão de opiniões, onde parte do público se encanta com a proposta e outra parte a rejeita.

“Esperava que Death Stranding 2 fosse mais controverso”, completou.
Proposta autoral e foco em narrativas fora do convencional

Com Death Stranding, Kojima estabeleceu um novo estilo de gameplay — apelidado por ele de “Social Strand System” — que se distanciou da ação tradicional para priorizar a conexão entre jogadores em um mundo fragmentado. A proposta dividiu opiniões, mas conquistou um público fiel e abriu espaço para debates sobre novas formas de narrativa interativa.

Death Stranding 2: On The Beach chega ao PlayStation 5 no dia 26 de junho de 2025, prometendo expandir a história de Sam Porter Bridges em um novo capítulo marcado por temas existenciais, estética cinematográfica e, ao que tudo indica, uma ambição criativa ainda maior — mesmo que isso não represente, desta vez, o conflito que seu criador desejava.

Fonte: PC Gamer