Após o fim da saga Light and Darkness, estúdio analisa queda de engajamento e redesenha o futuro do jogo
Depois de encerrar a monumental Light and Darkness Saga em 2024, Destiny 2 encara um momento decisivo. O ciclo narrativo que guiou o jogo por quase uma década terminou de forma épica, mas também deixou um vazio difícil de preencher. O lançamento de The Edge of Fate em julho — que deveria inaugurar uma nova fase — acabou evidenciando uma queda brusca no engajamento e uma recepção dividida à nova direção de progressão.
O diretor do jogo, Tyson Green, explicou que o encerramento de The Final Shape foi propositalmente completo, com amarrações narrativas significativas, mas isso teve impacto direto no número de jogadores ativos. Para muitos, aquele era o fim natural da jornada. A intenção da Bungie, no entanto, era continuar expandindo o universo.
“As pessoas ficaram satisfeitas com o desfecho, e então vimos a queda. Era esperado, porque a saga havia terminado”, disse Green à IGN.
Com The Edge of Fate, o estúdio tentou estabelecer as fundações da chamada Destiny Saga, apresentando novas regiões, personagens inéditos e conflitos envolvendo facções como os Nine. A ideia era renovar o sistema de progressão, trazendo novos tiers de equipamento, conjuntos adicionais de armaduras e desafios mais personalizáveis — pilares pensados para recompensar os jogadores mais dedicados.
Mas o resultado não saiu como esperado. O novo sistema recebeu críticas pela repetição excessiva e por não incentivar o desenvolvimento real dos personagens. Green admitiu que a proposta ficou aquém:
“Aprendemos algumas lições dolorosas sobre o que nossos jogadores querem. Jogos online ou escutam seus jogadores, ou desaparecem. E Destiny precisa evoluir.”
Para realinhar o futuro, a Bungie adotará um novo modelo de conteúdo: duas expansões mid-sized por ano, acompanhadas de conteúdo sazonal. O objetivo é aumentar a flexibilidade criativa e permitir uma resposta mais rápida ao feedback da comunidade.
A primeira expansão desse novo formato será Renegades, um capítulo que mistura narrativa de vingança com influências claras de Star Wars, incluindo armas no estilo blaster, equipamentos semelhantes a sabres de luz e facções inéditas. O diretor criativo Ben Wommack explicou que a equipe está revisitando antigas regras e se permitindo questionar convenções consideradas “imutáveis” no passado.
Os planos também incluem desafios reformulados, novos níveis de equipamento e o retorno do sistema de facções — tudo pensado para reforçar a motivação dos jogadores. Em Renegades, o foco será menos em estatísticas crescentes e mais na variedade de atividades e em recompensas de impacto.
A grande questão que fica é se esse novo modelo será suficiente para estabilizar o desempenho e atrair novos jogadores. Ainda assim, a postura da Bungie é de mudança — e escuta.
Fonte: IGN
