Review – Luto

Review – Luto

Em 22 de julho de 2025, a Broken Bird Games lançou Luto, um jogo de terror psicológico que aborda temas delicados como perda de entes queridos, depressão, automutilação e suicídio. Durante sua campanha de cerca de 4 horas, o jogo cria uma imersão de frieza e tristeza, explorando uma casa bagunçada que esconde segredos e mistérios sobre a trama. A experiência reflete o caos mental do protagonista, oferecendo uma jornada introspectiva e perturbadora.


História

A narrativa de Luto foca no peso emocional que a morte de pessoas próximas trouxe ao protagonista. Ao longo dos capítulos, tento compreender essas perdas e como elas criaram lacunas profundas na mente dele. Elementos narrativos abstratos, como espelhos quebrados com mensagens motivacionais, uma casa gigante e desorganizada, e cartelas de remédios espalhadas, enriquecem a história. Uma voz misteriosa narra e questiona minhas ações, tentando impedir meu progresso e escondendo os mistérios do jogo, o que adiciona tensão e dúvida. A casa, um labirinto de memórias traumáticas, reflete o luto do protagonista, com detalhes como portas que levam a loops impossíveis e objetos que mudam de lugar, sugerindo uma realidade instável.


Gameplay

Luto é um jogo de puzzle em primeira pessoa, sem mecânicas de combate. Meu objetivo é coletar itens-chave para resolver enigmas e documentos que revelam mais da história. Alguns puzzles são criativos, como manipular objetos para desvendar segredos, mas outros são confusos, com objetivos mal explicados, o que me fez andar em círculos várias vezes. Apesar da curta duração, achei o jogo monótono em alguns momentos, com repetições que quebraram meu engajamento e me levaram a pausar. Um level design mais claro teria melhorado o ritmo, evitando essa sensação de cansaço. As interações metajogo, como reinícios forçados pelo narrador, são um toque interessante, reforçando a sensação de opressão.


Inspirações

Luto tem claras influências de jogos de terror psicológico. A perspectiva em primeira pessoa lembra Resident Evil 7 e Village, enquanto a exploração de traumas e a atmosfera opressiva evocam Silent Hill. A ausência de combate e a vulnerabilidade do jogador remetem à série Amnesia. Além disso, interações metajogo, como o narrador interferindo diretamente, lembram a demo P.T., com momentos onde a casa se transforma de formas impossíveis, criando desorientação.


Conclusão

Luto é uma experiência impactante que mergulha fundo no tema do luto, com uma narrativa emocional e uma atmosfera densa que me fizeram refletir sobre perda e saúde mental. Apesar dos puzzles confusos e momentos repetitivos que quebraram o ritmo, a história e os elementos metajogo foram pontos altos, criando uma sensação única de vulnerabilidade. Recomendo para quem gosta de jogos de terror narrativos e está preparado para temas pesados, mas um design mais polido poderia tornar a experiência ainda mais envolvente.


Luto

Luto é uma experiência impactante que mergulha fundo no tema do luto, com uma narrativa emocional e uma atmosfera densa que me fizeram refletir sobre perda e saúde mental. Apesar dos puzzles confusos e momentos repetitivos que quebraram o ritmo, a história e os elementos metajogo foram pontos altos, criando uma sensação única de vulnerabilidade.
7.5
Médio