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Desenvolvido pela Rogue Factor e publicado pela Nacon, Hell is Us acaba de ganhar sua primeira demonstração para Xbox Series X|S e PlayStation 5. Com pouco mais de 50 minutos de duração, ela já dá um gostinho consistente de como o jogo pretende equilibrar combate, exploração e resolução de puzzles.
Combate promissor, mas que precisa ser mais testado
O sistema de batalha combina elementos de souls-like (como uso de estamina e esquivas), com uma abordagem mais acessível, oferecendo três níveis de dificuldade. Os comandos são simples de assimilar: ataques rápidos ficam no quadrado, enquanto golpes mais fortes estão no triângulo. Ao segurar o triângulo por alguns segundos, é possível executar um golpe carregado muito mais potente. A esquiva é mapeada no bolinha, e pressionando o botão repetidamente, o personagem realiza uma esquiva mais longa, útil para escapar de investidas mais amplas.
É possível alternar entre espada e machados duplos, com um combate que, apesar de promissor, ainda precisa ser mais testado em confrontos prolongados para mostrar todo o seu potencial. A variedade de inimigos na demo é limitada, com criaturas brancas de aparência disforme que lembram manequins. No entanto, algumas variações já indicam que o jogo pode oferecer diferentes abordagens no futuro. Por se tratar de uma demonstração, isso é aceitável, mas já é um ponto que merece atenção para a versão final.
O protagonista também conta com um drone multifuncional, que serve para traduzir placas, iluminar áreas e distrair inimigos durante batalhas. No jogo completo, será possível expandir suas funcionalidades com novos módulos.
Ambiente variado e exploração guiada
Mesmo nesse trecho inicial, Hell is Us mostra diversidade visual: florestas densas, estruturas que lembram prisões e até trincheiras de guerra. A exploração é auxiliada por uma bússola opcional e por informações obtidas em diálogos e anotações, armazenadas no menu do protagonista. O jogo parece apostar em áreas semiabertas de tamanho considerável, interligadas por cutscenes que movem a história adiante.
Puzzles de observação
Os quebra-cabeças presentes na demo exigem atenção ao ambiente e interpretação de pistas, sem cair no extremo da frustração. Itens-chave desbloqueiam novas passagens, criando aquele loop de exploração “vai e volta” que mantém o jogador atento e engajado.
O que não me convenceu?
A movimentação do personagem me pareceu leve demais, sem muito peso, o que afeta um pouco a imersão. É algo que não chega a prejudicar a experiência de forma grave, mas que poderia receber ajustes para transmitir mais impacto e realismo.
Impressões técnicas
Joguei no modo Performance no PlayStation 5 (base). O trabalho com o DualSense é correto: as funções do controle estão presentes e funcionam bem, mas não oferecem nada revolucionário que se destaque de forma marcante. Durante o teste, notei quedas de FPS no momento em que saí da primeira estrutura para uma área mais ampla. Felizmente, esse problema durou apenas nesse ponto de transição, e o desempenho se estabilizou logo em seguida, mantendo a experiência bastante jogável.
O jogo está totalmente localizado em português do Brasil no que diz respeito a menus e legendas, mas a dublagem permanece apenas em inglês, o que pode ser relevante para jogadores que preferem áudio em português.
Vale a pena?
No preço cheio, talvez seja mais interessante aguardar uma promoção. Ainda assim, Hell is Us demonstra potencial, especialmente no combate e na ambientação. A demo cumpre o papel de despertar curiosidade e abre espaço para que a versão final surpreenda, desde que traga maior variedade de inimigos e ajustes na movimentação.
Hell is Us será lançado em 1 de setembro para Xbox Series X|S, PlayStation 5 e PC.