Phantom Blade Zero promete reinventar a dificuldade com o modo Hellwalker

Phantom Blade Zero promete reinventar a dificuldade com o modo Hellwalker

Diretor detalha como sistema de IA inspirado em jogos de luta cria chefes mais dinâmicos e imprevisíveis, afastando o título da fórmula clássica dos Soulslike


O aguardado Phantom Blade Zero já deixou claro que não seguirá a cartilha tradicional dos Soulslike em sua experiência base. No entanto, para os jogadores em busca de um desafio elevado, o estúdio S-GAME prepara o modo Hellwalker, uma modalidade que promete testar os reflexos e a paciência dos fãs com uma abordagem inédita para o design de chefes.

Em entrevista à PC Gamer, o diretor Qiwei Liang revelou como o sistema de combate dessa dificuldade extrema incorpora conceitos inspirados em jogos de luta, com o objetivo de criar confrontos menos previsíveis e muito mais dinâmicos.

Do padrão Soulslike ao imprevisível Hellwalker

Na dificuldade normal, os combates de Phantom Blade Zero ainda carregam a familiaridade dos Soulslike: chefes com combos fixos, memorização de padrões e repetição até a vitória. Liang cita como exemplo o chefe Huangxing, que segue a lógica clássica do gênero, baseada no ciclo de tentativa e erro.

Contudo, o cenário muda radicalmente no modo Hellwalker. Segundo Liang, a equipe de desenvolvimento decidiu romper com os padrões rígidos do gênero e construir uma IA responsiva, capaz de avaliar vantagem ou desvantagem em tempo real. Isso significa que o chefe não apenas executa movimentos pré-programados, mas adapta sua estratégia de acordo com o desempenho do jogador.

“Lucky draw”: quando o chefe decide em tempo real

Um dos elementos centrais do Hellwalker é o sistema batizado de “lucky draw”. Nele, as ações do inimigo não são fixas, mas condicionadas ao resultado do ataque anterior.

“Se ele acerta um golpe, continua o combo. Se erra, fará algo diferente”, explicou Liang. “Ele usa o resultado do último ataque para determinar sua próxima ação”.

Esse modelo quebra a lógica tradicional de memorização de padrões, forçando os jogadores a reagir em tempo real e a improvisar constantemente, aproximando a experiência da imprevisibilidade encontrada em partidas de jogos de luta competitivos.

Um novo caminho além dos Soulslike

Para Liang, essa abordagem não é apenas um recurso de dificuldade, mas uma tentativa de construir a identidade própria de Phantom Blade Zero. O diretor avalia que o mercado atual está saturado de experiências que seguem fielmente a fórmula criada por FromSoftware, e que o público já busca novas variações de desafio dentro do gênero de RPG de ação. Combinando kung fu estilizado, fantasia oriental e um sistema de combate híbrido, Phantom Blade Zero tenta se posicionar não como mais um Soulslike, mas como uma reinvenção do que significa “dificuldade” em um jogo moderno.


Ainda sem data de lançamento definida, Phantom Blade Zero chegará ao PC e PlayStation 5. Se a promessa do modo Hellwalker se concretizar, o título pode oferecer não apenas um desafio elevado, mas também um novo paradigma de design de chefes, onde a imprevisibilidade substitui a rigidez dos padrões decorados. Mais do que um novo Soulslike, Phantom Blade Zero pode representar a evolução natural do gênero, fundindo filosofia de luta com RPG de ação em um espetáculo de brutalidade e estratégia.

Fonte: GamesRadar