A icônica franquia de espionagem da Ubisoft ganha uma adaptação animada, mas será que o agente Sam Fisher ainda tem fôlego para outra missão?
Após doze anos de silêncio desde Splinter Cell: Blacklist, o lendário agente da Third Echelon finalmente retorna — mas não em um novo jogo, e sim em uma série animada da Netflix. Splinter Cell: Deathwatch, lançada recentemente com oito episódios, resgata Sam Fisher da aposentadoria e tenta reacender o fascínio dos fãs por uma das maiores sagas de espionagem dos videogames.
Ainda que o aguardado remake do primeiro Splinter Cell siga sem novidades desde o anúncio em 2021, a Netflix decidiu preencher esse vácuo. Mas a pergunta inevitável é: valeu a pena trazer Sam de volta à ativa?
Uma volta eletrizante — com ressalvas
As primeiras críticas indicam que Deathwatch entrega uma dose sólida de ação e nostalgia, especialmente para quem sentia falta do icônico agente de óculos verdes. No Rotten Tomatoes, a série ostenta 83% de aprovação (com base em seis análises), enquanto o Metacritic registra 70 pontos.
Segundo as avaliações, a produção pode não reinventar o gênero, mas cumpre seu papel como um “Splinter Cell-lite” — um thriller de espionagem direto e empolgante, ideal para maratonar. A direção de Derek Kolstad (John Wick) é sentida nas cenas de ação fluidas e coreografadas com precisão, e o tom sombrio da narrativa combina bem com o Sam Fisher envelhecido e amargurado interpretado com intensidade por Liev Schreiber.
O fan service também é abundante: há referências diretas à saga original e respeito ao cânone, o que deve agradar os veteranos. No entanto, o foco na ação acabou deixando de lado o elemento mais distintivo da franquia — o stealth tático. Assim, Deathwatch se aproxima mais do ritmo explosivo de Blacklist e Conviction do que da tensão silenciosa dos primeiros jogos.
Alguns críticos também apontam que o roteiro carece de profundidade e que os personagens secundários são pouco desenvolvidos. A trama, centrada em uma conspiração internacional previsível, acaba servindo mais como pano de fundo para as cenas de combate do que como uma narrativa complexa de espionagem.
O que dizem os críticos
O IGN foi um dos que mais elogiaram a série, dando nota 8/10 e destacando a performance de Liev Schreiber e o ritmo ágil da história:
“Graças à interpretação soberba de Fisher e a um enredo rápido com personagens cativantes, é um tempo bem aproveitado. Se fosse um livro, seria uma leitura viciante.”
O Decider também deu 8/10, ressaltando a fidelidade ao material original e o estilo próprio da animação:
“Deathwatch se mantém fiel às origens, mas ainda assim encontra sua própria voz, apoiada na performance intensa e mal-humorada de Schreiber.”
Já o Screen Rant foi mais moderado, com 7/10, elogiando a proposta, mas criticando o início lento e a animação irregular.
O Collider, por outro lado, foi mais severo, atribuindo 5/10 e chamando a série de “competente, mas genérica”, especialmente por seu enredo previsível e falta de profundidade emocional.
Splinter Cell: Deathwatch pode não ser o renascimento grandioso que os fãs esperavam, mas é um retorno digno e cheio de energia para Sam Fisher. A série mistura ação pulsante, dublagem de peso e um toque de nostalgia, entregando um entretenimento eficiente — mesmo que longe da complexidade e sutileza que definiram os melhores capítulos da franquia.
Para os órfãos de Splinter Cell, é uma chance de rever o agente em ação e reacender a esperança de que, um dia, o verdadeiro retorno aos jogos finalmente aconteça.
Disponível agora na Netflix.
Fonte: IGN / ScreenRant / Collider / Decider