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Sindicato do estúdio cobra posicionamento da empresa sobre uso de IA e nuvem em apoio à guerra, mas gigante americana permanece sem resposta após 10 dias
A polêmica em torno da atuação da Microsoft em meio ao conflito entre Israel e Palestina ganhou força dentro da própria indústria de games. O sindicato da Arkane Studios, responsável por títulos como Dishonored e Redfall, enviou há dez dias uma carta aberta pedindo que a empresa corte seus serviços de IA e nuvem utilizados por Israel em operações militares, além de solicitar transparência sobre eventuais contratos militares em vigor.
Até o momento, a Microsoft não respondeu.
Desenvolvedores cobram posicionamento
Em entrevista ao jornalista Stephen Totilo, um desenvolvedor da Arkane criticou não apenas a falta de resposta da Microsoft, mas também o silêncio da Bethesda e da própria liderança do estúdio.
“Ninguém respondeu diretamente à nossa carta aberta, nem a Microsoft, nem a Bethesda, nem a liderança da Arkane. A liderança da Arkane convidou todos a serem cuidadosos ao expressar suas opiniões, para manter uma troca pacífica sobre o assunto. Eles não abordaram a carta em si e permaneceram neutros”, afirmou.
Preocupações além da política
Na carta enviada ao alto escalão da empresa, os membros da Arkane destacaram que os contratos militares da Microsoft não apenas impactam negativamente a vida de milhares de pessoas afetadas pela guerra, como também podem prejudicar os negócios do Xbox a longo prazo, reduzindo o alcance da marca e colocando em risco empregos dentro da própria indústria.
O caso reforça um movimento crescente dentro do setor de tecnologia e entretenimento, no qual funcionários pressionam suas companhias a se posicionarem em relação a conflitos armados e parcerias militares. Até agora, no entanto, a Microsoft tem adotado uma postura de silêncio, o que aumenta a insatisfação entre os trabalhadores de seus estúdios.
Fonte: Game Developer