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A Ubisoft, uma das publishers mais influentes da indústria dos games, atravessa uma das piores crises de sua história. Segundo dados recentes, a empresa perdeu quase 90% de seu valor de mercado nos últimos cinco anos — um declínio alarmante que reflete uma série de decisões comerciais mal-sucedidas, projetos problemáticos e um distanciamento crescente de seu público.
Falhas comerciais em sequência
O colapso financeiro da Ubisoft não aconteceu por acaso. Diversos lançamentos recentes da empresa falharam em alcançar o sucesso esperado, tanto de crítica quanto de público. Títulos como Star Wars Outlaws, Skull and Bones e Assassin’s Creed Shadows tiveram recepção morna ou negativa, acumulando críticas por problemas técnicos, falta de inovação e decisões criativas controversas. Entre os casos mais emblemáticos está Skull and Bones, anunciado como um projeto “AAAA” e que teria consumido cerca de US$ 850 milhões em desenvolvimento — um investimento gigantesco para um jogo que, no final, fracassou comercialmente e tornou-se símbolo da má gestão da empresa nos últimos anos.
A crise foi tão severa que, segundo fontes do setor, a Ubisoft esteve à beira da falência nos últimos meses. A salvação veio por meio de uma aliança estratégica com a gigante chinesa Tencent, que injetou capital e firmou uma nova parceria com a companhia francesa. Como parte do acordo, uma nova subsidiária foi criada sob o comando do filho do CEO Yves Guillemot, reforçando os laços entre as empresas e sinalizando uma tentativa de reorganização interna em busca de estabilidade.
Futuro incerto, mas ainda ativo
Apesar da situação crítica, a Ubisoft não parou de produzir. A empresa ainda possui diversos jogos em desenvolvimento previstos para os próximos anos — entre eles, novos títulos das franquias Assassin’s Creed, Far Cry, além de projetos inéditos.
No entanto, o desafio agora é duplo: recuperar a confiança do público e entregar produtos de qualidade que possam reverter a trajetória negativa. Sem isso, a empresa pode ter dificuldades para se manter competitiva no cenário global, onde concorrentes como Sony, Microsoft e até estúdios independentes vêm ganhando cada vez mais espaço. O que antes era sinônimo de inovação e excelência nos games, hoje enfrenta uma crise de identidade. O futuro da Ubisoft está em jogo e o tempo para uma virada está se esgotando.