As microtransações continuam sendo um tema delicado na indústria de games. Embora esse modelo de monetização seja amplamente utilizado, ele frequentemente gera críticas — especialmente quando inserido em jogos pagos, onde muitos jogadores esperam uma experiência completa sem custos adicionais. Apesar disso, a Ubisoft acredita que, quando bem aplicada, a estratégia pode contribuir de forma positiva para a jornada do jogador.
Modelo “premium com opção”: a visão da Ubisoft
Em um documento corporativo recente, a Ubisoft reforçou seu posicionamento em relação às microtransações. Segundo a empresa, o foco está em adotar práticas que sejam sustentáveis e respeitem o jogador — especialmente dentro de jogos premium, ou seja, títulos vendidos por preço cheio.
“A regra de ouro ao desenvolver jogos premium é permitir que os jogadores aproveitem o jogo por completo sem precisar gastar mais”, afirma a publicação. A empresa alega que seus sistemas de monetização são pensados para “tornar a experiência mais divertida”, oferecendo possibilidades como personalização de personagens e acesso facilitado a recursos — sempre de forma opcional.
Microtransações como complemento, não obrigação
De acordo com o documento, a Ubisoft utiliza dois pilares centrais para guiar sua política de monetização: os conteúdos adicionais devem ser opcionais e devem oferecer valor justo ao jogador. Ou seja, quem não quiser investir dinheiro real não será penalizado na progressão ou na qualidade da experiência.
“Nosso objetivo é enriquecer a experiência dos jogadores, garantindo que o conteúdo adicional seja justo e transparente”, detalha o texto.
A empresa reforça ainda o compromisso de seguir boas práticas através do seu Código de Conduta, que inclui princípios como transparência, segurança e respeito à comunidade.
Uma resposta às críticas?
A declaração surge em um momento em que a Ubisoft (assim como outras grandes publishers) tem enfrentado resistência de parte da comunidade gamer. Muitos jogadores vêm questionando o excesso de lojas internas, sistemas de passes sazonais e itens cosméticos pagos dentro de jogos já vendidos a preço cheio.
Ainda assim, a companhia acredita que é possível equilibrar lucro e integridade criativa. Ao destacar que seus jogos são construídos para serem aproveitados integralmente sem microtransações, a Ubisoft tenta se afastar de modelos considerados predatórios e reposicionar sua abordagem como uma forma de “valor agregado”.
Fonte: MP1ST