CEO da Rebellion admite que lançamento de Atomfall no Game Pass afetou vendas, mas destaca benefícios

CEO da Rebellion admite que lançamento de Atomfall no Game Pass afetou vendas, mas destaca benefícios

A discussão sobre os impactos de lançar jogos diretamente em serviços de assinatura como o Game Pass continua ganhando força. Agora foi a vez de Jason Kingsley, CEO da Rebellion, comentar o assunto após o lançamento de Atomfall no serviço da Microsoft.

Impacto nas vendas, mas com benefícios compensadores

Kingsley confirmou que, sim, o lançamento de Atomfall no Game Pass afetou um pouco as vendas do jogo. No entanto, ele acredita que os benefícios compensam:

"Sim, isso atenua o risco, porque, sem entrar em detalhes, eles garantem um certo nível de renda, independente do quanto venda. Mas isso pode ter um efeito cascata. […] Pode-se argumentar que todos os jogadores mais hardcore estão no Game Pass, e são eles que podem comprar uma nova IP como essa, então, você está canibalizando uma parte do público? Eu acho que talvez sim, um pouco. Mas o que você ganha com esse custo é desproporcional."

Visibilidade e alcance são destaques

O CEO ressaltou que a visibilidade oferecida pelo Game Pass foi crucial para o sucesso de Atomfall. Segundo ele, o serviço permitiu que o jogo alcançasse um público que, de outra forma, poderia não ter conhecido o título em meio a tantos lançamentos:

"Foi um enorme sucesso. A Microsoft tem sido uma parceira fantástica para trabalhar. […] Com o Game Pass, você pode fazer com que as pessoas experimentem, e depois, como resultado dessas pessoas experimentarem, elas gostam e dizem aos seus amigos nas redes sociais."

Kingsley também destacou que essa recomendação boca a boca pode levar jogadores que não possuem Game Pass a comprarem o jogo para participar da conversa social, embora tenha admitido que essa é apenas “uma teoria”, sem dados concretos para comprovar.

Olhando para o futuro

Encerrando a entrevista, Jason Kingsley comentou sobre seus desejos futuros para a Rebellion, revelando que gostaria de desenvolver um jogo medieval e de fantasia em projetos futuros.

O caso de Atomfall reforça a complexidade do debate sobre serviços de assinatura: maior alcance e segurança financeira imediata versus possível impacto nas vendas individuais. Uma estratégia que, para estúdios menores, pode ser a diferença entre o sucesso e o esquecimento.

Fonte: Games Industry