Agora sim finalizado, posso fazer uma análise sobre a minha jornada em Forspoken, como o jogo está hoje em 2025 em sua versão atualizada 1.20 conforme mostra na tela título, será que melhorou ou continua do mesmo jeito quando foi lançado?
Explico a minha experiência no texto abaixo!
Todos já sabem mas Forspoken é um RPG de ação desenvolvido pela Luminous Productions e publicado pela Square Enix, lançado em 24 de janeiro de 2023 para PlayStation 5 e PC. O jogo gerou expectativas altas e seu lançamento foi desastroso devido a vários pontos negativos como, “História fraca e diálogos chatos e questionáveis”, “mundo aberto vazio”, “protagonista pouco simpática e difícil ter empatia” e problemas sérios de desempenho tanto no PS5 e PC, vou em cima desses pontos dizer o que achei do jogo no seu estado atual.

A narrativa do jogo e sua lore
A trama gira em torno de Frey Holland, uma jovem nova-iorquina que é transportada para o mundo de Athia por meio de um misterioso bracelete chamado Avanbraço em português. Athia está devastada por um fenômeno conhecido como “Ruptura”, que corrompe tudo que toca. Frey descobre que tem imunidade a esse fenômeno e é forçada a lutar contra as Theias, poderosas feiticeiras que governavam Athia antes de serem corrompidas e a sua jornada na premissa é descobrir o que realmente aconteceu e levou a corrupção das Theias e suas loucuras.
Aqui entra o ponto mais clichê da história, Frey chega ao mundo de Athia sem entender nada e se torna a possível heroína capaz de derrotar as tiranas Theias, típico roteiro de anime isekai, parece genérico no início mas ganha algumas camadas conforme a progressão de Frey neste mundo.
Frey, em especial, é alvo de críticas por ser uma protagonista difícil de simpatizar, muitas vezes arrogante e cínica de maneira forçada e sim comigo ela não clicou também, mesmo sabendo de toda sua jornada, o jeito da protagonista me incomodava, sendo que alguns personagens ao seu redor me foram mais incríveis do que ela.
Sobre os diálogos com o Algema, apelido que Frey dá ao avanbraço, muitos jogadores se incomodaram, mas digo que por mim não me incomodou e achei alguns diálogos bem engraçados e como certos momentos importantes para a trama da história a seguir.
Tem os momentos de plot twist muito interessantes para a história, o final é muito bom mas sinto que deu uma arrastada para ter conteúdo, mas gostei como ele cria o desfecho da história.

A lore do mundo é bem explicada mas para isso você precisa se dedicar em vasculhar o mundo do jogo atrás de verbetes que vão contando os acontecimentos em suas respectivas datas é preciso ter paciência pois tem bastante informações a respeito das regiões e épocas espalhadas pelo mundo, depois você se pega lendo e se interessa pelo mesmo.
Apesar que chegando ao final do jogo essa lore vai fazendo mais sentido, mas vale a pena a leitura e conhecer mais sobre o mundo de Athia.
Gameplay divertido e parkour de qualidade
A jogabilidade é um dos pontos mais fortes de Forspoken, especialmente o parkour mágico e o sistema de combate.
O sistema de movimentação é extremamente fluido e dinâmico, permitindo que Frey corra em alta velocidade, escale paredes e salte grandes distâncias, deixando o jogo bem vertical e com inúmeras possibilidades de explorar o mundo de Athia.
Essa movimentação traz uma sensação de liberdade e exploração agradável, sendo um dos aspectos que mais me agradou no jogo e me fez sentir que explorar era legal.
A parte de exploração é onde a crítica pegou mais pesado e até entendo que isso foi um problema inicial do jogo, mas explorando o mesmo nessa última atualização, em todos os cantos que você passava tinha inimigos à espreita e sempre abria um combate, achei isso muito bacana.

O fator mundo vazio não se aplicou aqui quando realmente fui atrás de quase tudo do mapa, sempre estava em constante alerta.
A exploração se resume a encontrar baús, completar desafios de combate e coletar itens, pontos de interesse, como cavernas e ruínas,missões secundárias, que muitas vezes são quests simples de NPC, aqui eu concordo que faltou explorar mais esse tipo de conteúdo.
Fortalezas inimigas, que são combates contra hordas de inimigos que sempre dão recompensas de atributos da Frey e isso não me incomodou pois o combate é muito satisfatório.
O combate é baseado em magias de longo e curto alcance, divididas em diferentes árvores elementais e são muitas;
Magia Roxa (Terra) – Ataques básicos, como disparos de pedras.
Magia Vermelha (Fogo) – Ataques corpo a corpo com espadas de chamas.
Magia Azul (Água) – Controle de multidões e ataques em área.
Magia Verde (Vento) – Movimentação rápida e ataques furtivos.
A variedade de feitiços permite combinações interessantes, e o combate é visualmente impressionante, tornando algo surreal de se ver na letra com a quantidade de elementos e partículas durante as animações dos feitiços, visual Incrível.

Gráficos e desempenho do jogo
O motor gráfico de Forspoken é a Luminous Engine (mesmo motor de Final Fantasy XV) e aqui eu posso dizer jogando no PS5 base que o jogo se comportou muito bem no modo gráfico e foi bem satisfatório o desempenho, não sentia quedas de fps mesmo elas existindo em alguns momentos devido ao combate frenético, mas em certo momentos era perceptível e não vou negar, principalmente nas cutcenes.
Agora os cenários na maioria deles eu achei bem agradável visualmente e alguns outros achei um pouco fraco e pobre mas na maioria você estava em campos abertos cheio de flores bem bonitos e dignos de prints, iluminação e detalhes dos cenários principalmente nas cidades e ruínas, muito bom, eu sento mesmo estranheza foi nas expressões faciais que causavam uma distorção com o restante do ambiente e afins mas nada que incomodou e foi de boas.

Trilha sonora linda
A trilha sonora foi composta por Bear McCreary (God of War) e Garry Schyman (Bioshock), o que elevou as expectativas e me deixou bem imersivo durante as batalhas principalmente. A dublagem é um ponto que achei bom mas nada acima da média, dentro dos diálogos forçados da Fred e sua chatisse.
No geral o design de som do jogo, principalmente com os efeitos das magias em muito bom e tem meu ponto positivo.
Considerações finais
Forspoken é um jogo com boas ideias e peca no fator narrativo principalmente com a sua protagonista durante a sua jornada, o final do jogo é muito bom mas sinto que deram uma esticada e poderia ser bem mais dinâmico, tirando isso tem uma gameplay divertida e um combate muito satisfatório quando se bem executado misturando os vários elementos, o fator exploração é mais direto e simples mas ajuda a explicar bastante a lore do mundo de Athia, trilha sonora e gráficos muito bons e sim recomendo aos consagrados, ainda mais quem vai jogar no PS5 o jogo atualmente se encontra no serviço da PSN Extra.