A Ubisoft está intensificando medidas para proteger sua equipe de Assassin’s Creed Shadows diante de uma onda de críticas hostis e ataques pessoais, principalmente direcionados ao protagonista Yasuke. O personagem histórico, baseado em um samurai africano real, tornou-se alvo de campanhas online lideradas por grupos que acusam o estúdio de promover uma “agenda woke” — crítica que, segundo a empresa, ignora o contexto histórico da figura e a proposta narrativa do jogo.
Além de comentários racistas, desenvolvedores relataram ameaças e assédio, levando a Ubisoft a implementar um plano de segurança. De acordo com informações da Tech & Co, funcionários foram orientados a evitar associar publicamente seus perfis nas redes sociais à empresa para reduzir riscos de ataques.
“Recomendaram que não divulgássemos nosso vínculo com a Ubisoft para não nos tornarmos alvos.”
-revelou um colaborador sob anonimato.
A empresa também criou uma força-tarefa dedicada a monitorar plataformas como X (Twitter), Reddit e YouTube, identificando e combatendo discursos de ódio. Medidas de suporte psicológico e jurídico foram ampliadas, com um porta-voz destacando:
"Desta vez, estamos levando a sério a proteção de nossa equipe".
Pressão comercial e expectativas internas
Além do assédio, a Ubisoft enfrenta pressão pelo sucesso comercial de Assassin’s Creed Shadows. Fontes internas afirmam que o jogo é visto como crucial para recuperar a estabilidade financeira da empresa, que enfrenta desafios após anos de resultados mistos.
“Se Shadows vender moderadamente, teremos um problema grave. Mas um sucesso significativo traria alívio"
-admitiu um funcionário.
O desenvolvimento do título, que teve seu lançamento adiado duas vezes (agora previsto para 20 de março de 2025, em PC, PS5 e Xbox Series X/S), exigiu esforços extraordinários da equipe.
“Alguns veteranos trabalharam diariamente para finalizar o projeto. O mês extra de desenvolvimento foi essencial.”
-relatou uma fonte.
Contexto histórico vs. polêmicas modernas
A escolha de Yasuke como protagonista busca explorar um capítulo pouco conhecido do Japão feudal, mas a discussão foi desviada para ataques ideológicos. A Ubisoft reitera que a inclusão do personagem é fundamentada em registros históricos, embora adaptada à narrativa fictícia da franquia.
Enquanto isso, a comunidade aguarda para ver se o jogo, além de superar polêmicas, conseguirá reacender o prestígio da série Assassin’s Creed — e, acima de tudo, garantir a segurança e o bem-estar de quem o construiu.