Novo projeto moderniza o visual do primeiro Tomb Raider, mas mantém a identidade que transformou Lara Croft em um ícone
A revelação de Tomb Raider: Legacy of Atlantis durante o The Game Awards 2025 reacendeu a chama da nostalgia e também abriu espaço para comparações inevitáveis. Pouco depois do anúncio, começaram a circular imagens que colocam a versão original de Tomb Raider (1996) frente a frente com a nova releitura moderna, evidenciando o salto tecnológico e as escolhas artísticas feitas pela Crystal Dynamics e pela Flying Wild Hog.
Um salto técnico que salta aos olhos
As imagens comparativas mostram uma diferença quase abissal entre as duas versões. Enquanto o jogo original apostava em cenários angulares, texturas simples e iluminação limitada, Legacy of Atlantis apresenta ambientes muito mais densos, com iluminação dinâmica, sombras realistas e riqueza de detalhes nos cenários arqueológicos.
Rochas, ruínas e estruturas antigas agora exibem desgaste natural, profundidade visual e uma paleta de cores mais atmosférica, reforçando o clima de mistério e descoberta que sempre foi a alma da franquia.
—Veja a comparação no vídeo abaixo:
Lara Croft: a evolução de um ícone
A protagonista talvez seja o elemento mais simbólico dessa transformação. Na comparação direta, Lara Croft abandona completamente o visual poligonal rígido dos anos 90 para assumir um modelo detalhado, expressivo e anatomicamente refinado, alinhado aos padrões modernos da indústria.
Apesar disso, a nova interpretação evita descaracterizar a personagem. A postura confiante, o figurino clássico reinterpretado e a linguagem corporal remetem diretamente à Lara original, um aceno respeitoso ao passado, sem abrir mão da modernidade.
Fidelidade estrutural com roupagem atual
Mesmo com a modernização gráfica, as comparações indicam que Legacy of Atlantis preserva a estrutura dos cenários clássicos, incluindo a disposição de salas, puzzles e elementos arquitetônicos que marcaram o primeiro jogo. A diferença está na forma como tudo isso é apresentado: agora com escala ampliada, melhor leitura espacial e um senso de exploração muito mais imersivo.
É a mesma aventura em essência, mas reinterpretada com as ferramentas e expectativas de 2026.
Entre nostalgia e renovação
O comparativo visual deixa claro que Tomb Raider: Legacy of Atlantis não tenta substituir o original, ele conversa com ele. A nova versão se apoia no legado visual e conceitual do clássico, ao mesmo tempo em que entrega uma experiência alinhada ao público atual, acostumado a mundos mais detalhados e cinematográficos.
Se o jogo conseguirá equilibrar essa modernização com a alma da série no gameplay, ainda é algo a ser descoberto. Mas, pelo menos no aspecto visual, o recado já foi dado: Lara Croft está pronta para explorar o passado com olhos do futuro.
Fonte: ElAnalistaDeBits
