Modo de economia de energia do PS5 sugere caminho para um possível PlayStation 6 portátil

Modo de economia de energia do PS5 sugere caminho para um possível PlayStation 6 portátil

Digital Foundry analisa recurso e aponta indícios de como a Sony poderia equilibrar desempenho e autonomia em um console portátil


Uma análise recente da Digital Foundry sobre o novo modo de economia de energia do PlayStation 5 trouxe à tona especulações sobre o futuro da linha PlayStation, incluindo a possibilidade de um PS6 portátil. Segundo os especialistas, as configurações de consumo reduzido podem funcionar como um “ensaio técnico” da Sony, testando como equilibrar desempenho, temperatura e duração de bateria sem comprometer a qualidade visual que caracteriza o console.

O que muda com o modo de economia de energia

O recurso, incluído em uma atualização recente do PS5 e PS5 Pro, altera diversos parâmetros internos do sistema para reduzir o gasto energético. Entre as mudanças estão a redução de threads da CPU, a limitação da largura de banda da memória GDDR6, a queda na frequência da GPU e a desativação de funções mais exigentes, como o upscaling PSSR e o suporte à realidade virtual. Essas restrições impactam diretamente o desempenho, mas simulam o comportamento típico de um hardware portátil, permitindo à Digital Foundry avaliar o potencial de operação do console em condições mais restritas.

Até o momento, apenas alguns títulos receberam atualizações compatíveis com o modo, incluindo Demon’s Souls Remake, Days Gone Remastered, Death Stranding 1 e 2 e Ghost of Yotei. Nos testes, Demon’s Souls apresentou redução da taxa de quadros de 60 para 30 fps, mantendo resolução e fidelidade visual, enquanto Days Gone Remastered exibiu ajustes dinâmicos de resolução e efeitos para preservar a fluidez.

Indícios de um futuro console portátil

A Digital Foundry sugere que essa abordagem pode ser a base para um sistema com dois modos de operação, docked e portátil, semelhante ao modelo utilizado pelo Nintendo Switch. No modo docked, o aparelho utilizaria mais energia para oferecer gráficos e desempenho superiores; no modo portátil, priorizaria economia, temperaturas mais baixas e ajustes na resolução e nos efeitos visuais. Entre os principais desafios identificados estão o menor número de núcleos da CPU, a largura de banda reduzida da memória e a frequência mais baixa da GPU, fatores que impactam diretamente simulações complexas, texturas detalhadas e efeitos de partículas.

Apesar disso, a análise indica que o PS5 já demonstra capacidade de operar de forma estável em configurações limitadas, o que poderia servir como protótipo funcional para futuros dispositivos. Embora a Sony não tenha confirmado planos para um PlayStation 6 portátil, o novo modo de economia de energia é interpretado pela Digital Foundry como um passo estratégico, permitindo que a empresa avalie tecnicamente como conciliar desempenho de alto nível e mobilidade.

A análise abre espaço para especulações sobre o próximo grande experimento de hardware da Sony, sugerindo que a companhia pode estar testando internamente soluções que equilibram potência e autonomia em um formato portátil sem comprometer a experiência visual que define a marca. O recurso também pode indicar mudanças mais amplas na filosofia de design de consoles da Sony, abrindo caminho para dispositivos híbridos e mais flexíveis, capazes de oferecer experiências de jogo adaptáveis a diferentes cenários e necessidades do jogador.