Aquisição de US$ 55 bilhões levanta temores sobre demissões em massa, uso intensivo de IA e possível queda na criatividade dos jogos da EA.
A confirmação da aquisição da Electronic Arts (EA) por um consórcio formado pelo PIF, Silver Lake e Affinity Partners acendeu um alerta entre os jogadores. Muitos temem que a nova direção possa comprometer a qualidade e a criatividade dos futuros títulos da editora, conhecida por franquias como FIFA, Battlefield e The Sims.
Poucos dias após os primeiros rumores, a compra foi oficializada no início da semana. O acordo, avaliado em US$ 55 bilhões, transforma a EA em uma empresa privada. Segundo o Financial Times (via Insider Gaming), os novos proprietários pretendem implementar um realinhamento estratégico voltado para reduzir custos operacionais e ampliar os lucros. A forma como essas mudanças serão aplicadas, no entanto, desperta incertezas.
Aumento do uso de IA preocupa a comunidade
Ainda de acordo com o Financial Times, o consórcio planeja ampliar o uso de inteligência artificial no desenvolvimento de jogos e na gestão interna da EA. A expectativa é que a tecnologia torne os processos mais eficientes, ajudando a administrar o alto endividamento que a companhia enfrentará após a aquisição.
Vale lembrar que essa direção não é inédita. Em maio do ano passado, o CEO da EA, Andrew Wilson, já havia demonstrado um forte interesse em IA, argumentando que a tecnologia poderia agilizar o desenvolvimento de jogos.
No entanto, essa estratégia causa apreensão. Muitos jogadores associam o uso da IA a cortes de pessoal e a uma possível perda de criatividade e qualidade nos games. O clima de desconfiança aumentou após o caso da Microsoft, que, em julho, promoveu milhares de demissões como parte de medidas para reduzir custos apoiadas pelo uso de IA. Há receios de que a EA possa seguir o mesmo caminho.
Futuro incerto
Por enquanto, a EA não comentou oficialmente as informações divulgadas pelo Financial Times. Resta aguardar para entender como o novo comando afetará os projetos atuais da editora e se os temores da comunidade gamer vão, de fato, se confirmar.
Fonte: Financial Times / Insider Gaming