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A reestruturação da Microsoft segue gerando turbulências na divisão Xbox. Embora o número oficial divulgado aponte cerca de 9.000 cortes, novas informações sugerem que o impacto pode ser ainda mais profundo — e alarmante.
De acordo com a jornalista Lex Luddy, as demissões são maiores do que o relatado, afetando também estúdios terceirizados e parceiros de publicação. “Foi descrito para mim como pânico generalizado”, afirmou Luddy em declaração via The Gamer. Em alguns casos, o sentimento é mais contido — “as pessoas estão em alerta” — mas a sensação de instabilidade é evidente.
Estúdios terceirizados em risco
O efeito dominó atinge principalmente estúdios menores que dependem de contratos com a Microsoft para manter suas equipes. Luddy explica que, diante da ausência de gestores para tocar os projetos, muitas empresas viram seus contratos evaporarem de uma hora para outra. Com isso, vieram demissões em série.
Um exemplo é a Romero Games, que perdeu o financiamento de um jogo ainda não anunciado. A publisher não foi nomeada oficialmente, mas o estúdio indicou que a identidade pode ser deduzida por “informações públicas” — e rumores apontam que se trata do Xbox.
Outros nomes afetados incluem empresas como Iron Galaxy, conhecida por colaborar com Tony Hawk, e Virtuos, envolvida no remake de Oblivion. A instabilidade também atinge estúdios europeus que operam com contratos internacionais e dependem desse tipo de parceria para sobreviver.
Xbox Game Pass no centro do debate
A crise reacende questionamentos sobre o modelo de negócios do Xbox, especialmente em torno da sustentabilidade do Game Pass. Entre analistas e profissionais da indústria, crescem as dúvidas sobre a viabilidade financeira do serviço nos moldes atuais.
Mas a Microsoft não está sozinha. O setor de games como um todo vem passando por cortes, e o número de demissões é tão alto que já há uma página na Wikipédia dedicada ao tema.
Demissões nem sempre são o que parecem
Segundo levantamento da Tech4Gamers, a Sony teria demitido cerca de 67 mil funcionários desde 2008, embora os números não deixem claro quantos desses casos foram desligamentos diretos e quantos se devem à chamada “flutuação natural” — aposentadorias, vendas de divisões e mudanças voluntárias.
Ainda assim, o dado reforça que o encolhimento das equipes é uma tendência generalizada, e não um fenômeno exclusivo da Microsoft.
Futuro incerto
Enquanto projetos como Perfect Dark enfrentam cancelamentos ou mudanças internas, o que virá a seguir para o Xbox segue nebuloso. A pergunta que paira no ar é: quantos estúdios ainda serão atingidos por cortes indiretos? E até onde essa reestruturação irá?