Em busca de evitar os erros cometidos com Battlefield 2042 e visando atender melhor às expectativas da comunidade, a EA e a DICE anunciaram o “Battlefield Labs” — descrito como a maior iniciativa de testes já realizada na história da franquia. A proposta é simples: permitir que jogadores influenciem diretamente o desenvolvimento do novo título da série.
Embora os testes iniciais tenham ocorrido exclusivamente no PC, o pré-alfa de Battlefield 6 chegou recentemente ao PlayStation 5. Apesar de o conteúdo desses testes ser confidencial, diversas informações já começaram a circular graças a relatos de participantes, que compartilharam impressões sobre jogabilidade e desempenho no console.
Desempenho no PS5: taxa de quadros e suporte ao DualSense
Segundo as informações apuradas e compiladas pelo site MP1st, o jogo já apresenta um modo de desempenho que garante estabilidade de 60 quadros por segundo no PS5 padrão — uma vantagem significativa, principalmente em confrontos de larga escala com até 64 jogadores. Relatos indicam ainda que no futuro PS5 Pro a performance pode ser superior.
O suporte ao controle DualSense foi descrito como “bom”, embora funcionalidades como sprint tático e mira giroscópica ainda não estejam disponíveis. Já a assistência de mira foi considerada fraca, inferior à oferecida por títulos como Call of Duty ou Apex Legends. Curiosamente, há suporte parcial para mouse e teclado no PS5, embora alguns jogadores tenham relatado falhas na compatibilidade.
Jogabilidade: mudanças, bugs e possíveis ajustes
Entre as novidades mais comentadas estão as alterações no sistema de equipamentos. Na pré-alfa, soldados da classe de assalto podem carregar duas armas primárias — combinação que inclui desde rifles de assalto até espingardas ou fuzis de precisão. Apesar de muitos suspeitarem que isso seja apenas um bug, a possibilidade gerou discussões entre os jogadores.
Outro aspecto notável envolve as Especificações de Campo, que retornam com um sistema de quatro níveis. O último nível funciona como uma habilidade especial ou “suprema”, semelhante a uma killstreak, podendo ser usada uma única vez ou por um tempo limitado.
Além disso, algumas restrições de jogabilidade foram observadas: para mirar utilizando o ADS (aim down sights), o jogador precisa interromper a corrida; não é possível mirar enquanto corre. O recuo das armas também foi alvo de elogios — armas de grosso calibre apresentam um recuo intenso, tornando disparos automáticos ineficazes em alvos distantes.
O sistema de reviver companheiros recebeu melhorias, permitindo puxar aliados para áreas protegidas antes de ressuscitá-los. A interação com granadas também foi aprimorada: o lançamento só alcança sua distância máxima se o botão for mantido pressionado, enquanto um toque rápido arremessa o explosivo a uma curta distância.
No que diz respeito ao arsenal, engenheiros podem carregar dois lançadores de foguetes simultaneamente, e há três tipos distintos de minas: de pressão, de proximidade e o clássico modelo “Bouncing Betty”, conhecido de jogos como Call of Duty.
Sistema de classes: flexibilização divide opiniões
Uma das mudanças mais discutidas diz respeito à flexibilização do sistema de classes. Agora, qualquer classe pode utilizar todas as armas, algo que gerou críticas de veteranos por afastar-se das raízes tradicionais da série. Entretanto, participantes do teste destacaram que a mudança pode ampliar a diversão, permitindo maior liberdade de escolha.
Um jogador relatou no Reddit:
“Acho muito mais divertido interpretar papéis de suporte. Não estou mais limitado a usar submetralhadoras só porque quero consertar veículos”.
Os desenvolvedores afirmaram que o sistema ainda está sujeito a ajustes, conforme o Battlefield Labs avança. A revelação oficial de Battlefield 6 deve acontecer em breve: segundo Andrew Wilson, CEO da EA, o anúncio está previsto para os próximos meses. O lançamento, por sua vez, está programado para 31 de março de 2026.