Mais de dois anos após o anúncio da aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft, uma das maiores disputas legais da indústria dos games chega ao fim. A Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC) anunciou oficialmente, nesta quinta-feira (22), a desistência do processo que tentava barrar a fusão entre as empresas.
A decisão encerra de forma definitiva o embate iniciado em 2022, quando a Microsoft anunciou a compra da Activision Blizzard por cerca de US$ 69 bilhões — transação que rapidamente atraiu atenção global e gerou resistência de órgãos reguladores nos EUA, Europa e Reino Unido.
Arquivamento oficial
Segundo documentos publicados pela própria FTC, o pedido de arquivamento ocorre após a derrota do órgão no Nono Circuito da Justiça norte-americana, que confirmou a decisão de primeira instância favorável à Microsoft.
“Em 7 de maio de 2025, o Nono Circuito confirmou a decisão do Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito Norte da Califórnia, negando o pedido da Comissão por uma liminar preliminar para bloquear a aquisição”, informa o comunicado oficial.
A FTC ainda destacou que, considerando o interesse público, a melhor medida seria abandonar definitivamente a disputa.
“A Comissão determinou que o interesse público é melhor atendido com a desistência da ação administrativa neste caso. Assim, fica determinado que a Reclamação neste processo está, por meio deste, oficialmente arquivada pela Comissão.”
Reação da Microsoft
A Microsoft celebrou a vitória jurídica com uma declaração oficial assinada por Brad Smith, presidente da companhia.
“A decisão de hoje é uma vitória para os jogadores de todo o país e para o bom senso em Washington, D.C. Somos gratos à FTC pelo anúncio de hoje”, disse Smith.
Com o processo finalmente arquivado, a empresa pode agora seguir com seus planos de integração da Activision Blizzard ao ecossistema Xbox sem restrições legais nos Estados Unidos.
Futuro da regulação e os jogos digitais
A decisão também marca um momento importante na atuação da FTC, que tem enfrentado críticas pela forma como lida com megafusões em setores de tecnologia. Recentemente, o órgão passou a exercer novas responsabilidades, incluindo a aplicação de regulamentações sobre o uso de tecnologias como deepfakes — tema que ganhou destaque com a recente legislação sancionada pelo governo de Donald Trump.
Fonte: WCCFTech