The Last of Us: Quarto Episódio da Segunda Temporada Reacende a Essência do Jogo com Expansões Poderosas [SPOILERS]

The Last of Us: Quarto Episódio da Segunda Temporada Reacende a Essência do Jogo com Expansões Poderosas [SPOILERS]

O quarto episódio da segunda temporada de The Last of Us foi, pra mim, um salto bem claro em relação ao anterior. Ele traz de volta tudo aquilo que a gente ama no universo da franquia: ação, drama e aquela sensação de mundo em colapso que o jogo transmite tão bem. A série da HBO retomou o ritmo com força, entregando um episódio mais intenso, cru e envolvente.

O passado de Isaac e a brutalidade da WLF

Um dos pontos que mais me chamou atenção foi a forma como exploraram o passado do Isaac, líder da WLF. A gente já sabia do respeito que ele tinha dentro do grupo, mas agora dá pra entender melhor como ele foi recrutado e o que o levou a seguir esse caminho. Não é um mergulho super profundo, mas ajuda bastante a entender quem ele é.

As cenas com os Serafitas, principalmente as de tortura, são bem pesadas — e mostram até onde a WLF é capaz de ir. É uma adição ao lore que faz falta no jogo, e que aqui funciona muito bem.

A ambientação em Seattle e os confrontos humanos

Outro acerto foi a ambientação em Seattle. A recriação da estação de TV ficou incrível, fiel ao jogo e visualmente impressionante. Senti falta de personagens como a Leah e o Jordan, mas entendo a escolha. A série preferiu seguir por um caminho mais realista, e isso acabou dando mais impacto.

Em vez de uma sequência cheia de combates como no jogo, temos confrontos mais contidos, mas que passam muito mais tensão. Ver Ellie e Dina em perigo real contra outros humanos foi algo que funcionou muito bem.

A horda e os infectados: impacto visual continua forte

A horda de infectados também merece destaque. A maquiagem, os efeitos práticos, o CGI… tudo continua impecável, do jeitinho que a série já vinha entregando desde a primeira temporada. São cenas intensas e visualmente fortes, mantendo o alto padrão que a adaptação sempre apresentou nesse quesito.

A revelação da imunidade de Ellie

A revelação da imunidade da Ellie pra Dina foi diferente do jogo, mas ainda assim muito boa. No game, isso rola depois de um momento com esporos — a Dina tenta se sacrificar pela Ellie, e aí ela revela que é imune. Já na série, é a Ellie quem se arrisca e acaba sendo mordida, o que deixa a Dina em pânico, achando que ela vai se transformar.

Só depois de um tempo, quando nada acontece, é que ela percebe que a Ellie tava falando a verdade. Esse momento é tenso, mas ao mesmo tempo bonito, porque é aí que a relação entre elas começa a se aprofundar de verdade — algo que a gente tanto ama no jogo. E mesmo com as mudanças, a série conseguiu manter o peso emocional desse momento.

Gravidez, leveza e novas dinâmicas

Outra parte que me pegou de surpresa foi a cena da gravidez da Dina. Foi leve, divertida, e arrancou um sorriso meu. É diferente do jogo, onde isso gera um baita conflito com a Ellie. Aqui, ela reage de forma mais compreensiva e acolhedora. Pode ser que isso mude a dinâmica entre elas nos próximos episódios, mas foi um bom momento de respiro dentro de tanta tensão.

Conclusão

No geral, eu curti muito esse episódio. Ainda acho que o segundo foi o mais impactante até agora, mas esse aqui chega bem perto. Conseguiu equilibrar bem ação, desenvolvimento de personagens e expansão de universo — tudo com muito cuidado e respeito à obra original.