Na última semana, The Elder Scrolls IV: Oblivion, RPG lançado originalmente em 2006, voltou aos holofotes com uma remasterização que traz ajustes significativos na jogabilidade — especialmente no polêmico sistema de progressão por níveis.
Na versão original, subir de nível exigia que o jogador melhorasse um número específico de habilidades principais antes de poder descansar. A evolução dos atributos estava diretamente ligada ao progresso nessas habilidades escolhidas no início do jogo, o que gerava certa frustração. Já no remaster, os desenvolvedores adotaram uma abordagem inspirada em Skyrim, permitindo uma experiência mais fluida e acessível, especialmente para o público moderno.
Bruce Nesmith, designer envolvido na criação do Oblivion original, comentou em entrevista ao VideoGamer que essa mudança é ousada, mas acertada. Segundo ele, mesmo não sendo comum alterar mecânicas centrais em uma remasterização, a escolha pode tornar o jogo mais atrativo para novos jogadores.
“Se eles entregarem o que prometeram e realmente atualizarem o jogo para os padrões atuais, isso deve deixá-lo muito mais agradável.”
-afirmou.
No entanto, uma das críticas recorrentes ao jogo permanece: o sistema de escalonamento de inimigos. Em Oblivion, conforme o jogador sobe de nível, o mundo e seus oponentes evoluem na mesma medida, o que muitas vezes faz com que o progresso pareça inútil. Sobre isso, Nesmith foi direto:
“Acho que o nivelamento global foi um erro. Em Skyrim, encontramos formas melhores de manter o desafio sem fazer parecer que subir de nível não tem impacto”.
Segundo o designer, ele teve influência direta tanto no sistema de progressão quanto na matemática por trás da mecânica de escalonamento. Ainda assim, reconhece que a abordagem adotada em Skyrim foi uma evolução importante.
The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered já está disponível para PC, PS5 e Xbox Series X|S.