Empresa se manifesta após declarações de político japonês sobre proteção de propriedade intelectual
A Nintendo emitiu um comunicado oficial nesta semana negando categoricamente as alegações de que estaria realizando atividades de lobby junto ao governo japonês contra o uso de inteligência artificial generativa. A manifestação da gigante dos videogames ocorreu após declarações de Satoshi Asano, deputado membro da Câmara dos Representantes do Japão, nas redes sociais.
Asano havia publicado que a Nintendo estaria “evitando usar IA generativa para proteger sua propriedade intelectual” e que também estaria “realizando atividades de lobby junto ao governo”. As afirmações geraram repercussão significativa, levando a empresa a tomar uma medida inédita: publicar uma negação formal em seus canais oficiais.
“Contrariando discussões recentes na internet, a Nintendo não teve nenhum contato com o governo japonês sobre IA generativa”, afirmou a companhia. “Independentemente do envolvimento ou não da IA generativa, continuaremos tomando as ações necessárias contra violações de nossos direitos de propriedade intelectual.”
Pedido de desculpas do político
Após a resposta contundente da Nintendo, Satoshi Asano revisou suas declarações e publicou um pedido de desculpas.
“Lamento profundamente minha própria falha em verificar os fatos adequadamente”, escreveu o político, encerrando a polêmica pública.
O episódio ocorre em um momento de intenso debate sobre o uso de inteligência artificial generativa na indústria de entretenimento. Tecnologias como o Sora 2, ferramenta mais recente de geração de vídeos da OpenAI, têm levantado preocupações devido à capacidade de recriar com alto nível de fidelidade conteúdos de jogos, animes e filmes. Desenvolvedores e empresas de jogos têm discutido os limites legais e éticos da IA na criação e reprodução de obras protegidas por direitos autorais.
A Nintendo, assim como outras grandes desenvolvedoras, reforça seu compromisso com a proteção de propriedade intelectual, mantendo vigilância sobre usos não autorizados de suas criações, independentemente de tecnologias emergentes.
Fonte: VGC