Análise técnica destaca pontos fortes da Unreal Engine 5 e problemas com o PSSR no console mais poderoso da Sony
A Digital Foundry divulgou suas primeiras impressões sobre o desempenho de Silent Hill f nos consoles da linha PlayStation 5, e o veredito traz uma surpresa: enquanto o título apresenta resultados sólidos no modelo base do PS5, a versão para o PS5 Pro mostra inconsistências e escolhas técnicas questionáveis.
Visual impressiona com Unreal Engine 5
Construído na Unreal Engine 5, Silent Hill f mantém o padrão visual que já havia impressionado no remake de Silent Hill 2. Tecnologias como Lumen, Nanite e Virtual Shadow Maps são a base da apresentação.
- Lumen: garante iluminação difusa realista, com sombras suaves e oclusões sutis, embora em alguns casos exagere no escurecimento de áreas sombreadas.
- Reflexos: superfícies úmidas ganham profundidade, mas ainda enfrentam limitações como borrões em árvores e falta de cor nos reflexos.
- Nanite: sustenta cenários detalhados sem quebras perceptíveis de LOD.
- Direção artística: a atmosfera diurna enevoada se destaca, marcada pelas vinhas e flores vermelhas que invadem a cidade, simbolizando a corrupção dos personagens.
Segundo a análise, a união da tecnologia da Epic Games com a estética sombria e arcaica da série resulta em um dos visuais mais inspirados já vistos na franquia. No PS5 padrão, o título oferece dois modos:
- Qualidade: 1440p nativos a 30 FPS.
- Desempenho: 1080p a 60 FPS.
Ambos contam com um leve escalonamento via TSR, mas a resolução é essencialmente nativa — o que contradiz informações divulgadas em outros testes independentes. A diferença gráfica entre os modos é mínima, inclusive nos reflexos. No entanto, nenhum deles mantém desempenho absolutamente estável. As quedas de taxa de quadros são sutis e aparecem principalmente durante transições de cenário, sem comprometer a experiência.
PS5 Pro: um retrocesso inesperado
Se no modelo base o jogo é satisfatório, no PS5 Pro a situação é diferente. A versão do console mais potente oferece apenas um modo de jogo: 60 FPS com resolução dinâmica, que na prática fica a maior parte do tempo em 1080p. Apesar de registrar menos quedas de desempenho que o PS5 padrão, a estabilidade ainda não é garantida.
O visual também é praticamente idêntico ao do PS5 base em modo qualidade, o que gera frustração para quem esperava um salto técnico. O maior problema, no entanto, é o uso do PSSR, o upscaler proprietário da Sony. A Digital Foundry aponta que a tecnologia, ainda em estágio inicial, causa artefatos de cintilação na imagem, prejudicando a nitidez e a consistência visual.
Apesar das limitações, o canal conclui que Silent Hill f é tecnicamente mais consistente que o remake de Silent Hill 2, sobretudo pelo desempenho estável em 60 FPS no PS5 base e pela atmosfera artística de alto impacto. O jogo também se destaca pelo combate envolvente e pelas cutscenes cinematográficas. Para a Digital Foundry, a obra representa um esforço sólido da Konami ao explorar a Unreal Engine 5, ainda que careça de ajustes técnicos. A expectativa é que atualizações futuras possam corrigir os problemas com o PSSR, consolidando o título como um dos grandes marcos técnicos e artísticos da franquia.
Silent Hill f chega ao mercado no dia 25 de setembro de 2025, marcando o retorno da série a uma nova fase que mistura terror psicológico clássico com tecnologia de ponta.