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Interesse em Alien desperta, mas Schofield alerta: trabalhar com licenças pode limitar a criatividade
Glen Schofield, renomado criador de Dead Space e diretor de The Callisto Protocol, voltou a falar sobre seus planos para projetos futuros, revelando que a icônica franquia Alien desperta grande fascínio nele. Em entrevista à PC Gamer, Schofield comentou que sempre foi fã da série de terror espacial e chegou a desenvolver mais de 100 versões de alienígenas ao longo das últimas décadas, algumas delas com potencial para serem adaptadas em um videogame. Para o veterano, trabalhar com a marca seria uma oportunidade extremamente atraente, mas também carrega desafios significativos.
“Imagine que eu assumisse uma licença”, disse Schofield.
“O que eu realmente não quero fazer. Prefiro criar meus próprios projetos. Mas se alguém me dissesse ‘nós lhe damos a licença de Alien’, então eu poderia mostrar imediatamente, sei lá, talvez 100 alienígenas diferentes que criei com o Midjourney nos últimos dois anos. Simplesmente porque eu gosto. Então, sim, eu adoraria fazer um jogo Alien.”
Apesar do entusiasmo, Schofield enfatizou que trabalhar com propriedades licenciadas pode limitar a liberdade criativa. Segundo ele, detentores de marcas geralmente impõem diretrizes, conceitos ou restrições que as equipes de desenvolvimento precisam seguir, o que pode impedir que o jogo alcance todo o seu potencial criativo.
“Preciso ter controle criativo. Isso é inegociável. Se eu estiver profundamente envolvido no projeto, aí sim posso entregar 130% de mim mesmo. Caso contrário, não farei um grande jogo.”
Essa postura também traz desafios práticos. Schofield revelou que, apesar de já ter ideias concretas para um novo título de terror que pretende expandir o gênero com mecânicas inovadoras, ele ainda não encontrou investidores ou editoras dispostos a financiar o projeto. Por conta disso, o desenvolvimento está atualmente em pausa, aguardando o momento certo para ser retomado.
O interesse de Schofield em Alien reflete não apenas uma paixão pessoal pelo universo de ficção científica e terror, mas também uma consciência crítica sobre os limites criativos que podem surgir ao trabalhar com licenças estabelecidas. Para o diretor, manter autonomia é essencial para entregar experiências de alta qualidade, seja em suas próprias franquias ou em colaborações com marcas consagradas.
Com essa abordagem, Schofield mantém-se como uma das vozes mais respeitadas no desenvolvimento de jogos de terror, equilibrando paixão por grandes franquias e o compromisso com a inovação criativa.
Fonte: PC Gamer