Novo RPG single-player marca o retorno à Velha República sob liderança de Casey Hudson, porém ainda está em estágio embrionário
Durante o The Game Awards, a Lucasfilm Games surpreendeu o público ao anunciar Star Wars: Fate of the Old Republic, um RPG de ação single-player ambientado novamente na era da Velha República. O projeto chamou atenção imediatamente por trazer Casey Hudson como diretor, nome diretamente associado a Mass Effect e ao clássico Star Wars: Knights of the Old Republic, lançado em 2003 e até hoje considerado um dos jogos mais importantes da franquia. A revelação reacendeu o entusiasmo dos fãs que aguardam há anos um retorno narrativo mais robusto a esse período do universo Star Wars. No entanto, junto com o hype veio um balde de água fria: o jogo está muito longe de chegar às mãos do público.
Um anúncio empolgante, mas extremamente prematuro
Segundo o jornalista Jason Schreier, conhecido por suas fontes confiáveis na indústria, o estúdio responsável por Star Wars: Fate of the Old Republic foi fundado apenas neste ano. Isso significa que o projeto ainda está em uma fase extremamente inicial, possivelmente em pré-produção ou até mesmo em estruturação básica de equipe.
“A maior surpresa da noite passada foi Star Wars: Fate of the Old Republic, liderado por Casey Hudson, que dirigiu KOTOR (e Anthem)”, comentou Schreier. “Uma notícia empolgante para muita gente… mas a Lucasfilm diz que o estúdio foi fundado este ano, o que significa que 2030 é um palpite otimista. Talvez acabe sendo um jogo de PlayStation 7.”
Na prática, isso coloca o anúncio mais como uma declaração de intenções do que como um projeto em desenvolvimento avançado. A Lucasfilm deixou claro que ainda está montando as bases criativas e técnicas do jogo, o que explica a ausência total de gameplay ou detalhes mais concretos.
Um sucessor espiritual de KOTOR, não um remake
De acordo com a descrição oficial, Star Wars: Fate of the Old Republic não é um remake nem uma continuação direta de Knights of the Old Republic, mas sim um “sucessor espiritual”. A proposta é manter os pilares que consagraram o original: narrativa épica, foco pesado em escolhas do jogador, consequências reais nas decisões e liberdade para moldar o protagonista dentro do universo da Velha República. A presença de veteranos da indústria no estúdio reforça a ambição do projeto, mas também aumenta as expectativas e, consequentemente, a cobrança. O desafio será equilibrar nostalgia com uma abordagem moderna de RPG de ação, algo que nem sempre funciona quando se tenta reviver franquias tão cultuadas.
Embora o anúncio tenha sido um dos momentos mais comentados do The Game Awards, tudo indica que Star Wars: Fate of the Old Republic ainda levará muitos anos até se tornar realidade. Um lançamento por volta de 2030 já é considerado otimista, e a possibilidade de o jogo chegar apenas na próxima geração de consoles, como um possível PlayStation 7, não está descartada. Por enquanto, o projeto representa mais uma promessa do que um produto concreto. Para os fãs de Star Wars e, especialmente, de KOTOR, o recado é claro: o retorno à Velha República está acontecendo, mas será uma jornada longa (e cheia de incertezas) até que essa nova história possa finalmente ser vivida.
