Por 
Nova heroína aposta no medo real, imersão emocional e retorno completo ao survival horror clássico
A Capcom divulgou novos detalhes sobre Grace Ashcroft, a protagonista de Resident Evil Requiem, e deixou claro que a personagem representa uma das mudanças mais significativas no perfil de heróis da franquia desde sua criação. Em entrevista recente, o produtor Masato Kumazawa explicou que Grace foi concebida para ser muito mais vulnerável, emocional e humana do que figuras icônicas como Leon S. Kennedy, Jill Valentine ou Chris Redfield e isso não é acidental. Segundo Kumazawa, Grace não será a típica máquina de combate que muitos fãs associam aos protagonistas mais clássicos da série. Embora seja uma analista do FBI com treinamento básico, ela está muito longe do nível de experiência militar dos veteranos da franquia. Sua reação ao terror será mais crua, instintiva e autêntica.
“Queremos que os jogadores sintam o mesmo terror que Grace experimenta durante a aventura”, afirmou o produtor.
A proposta é criar uma imersão emocional mais profunda, onde o medo da personagem não é apenas estético, mas parte crucial da experiência de jogo. Grace lembra Ethan Winters, protagonista de Resident Evil 7 e Village, pela inexperiência e vulnerabilidade, mas Kumazawa ressalta que ela será ainda mais suscetível ao terror, com expressões, animações e comportamentos corporais que reforçam sua fragilidade em situações extremas.
Um retorno deliberado às raízes do survival horror
Requiem também marca um movimento claro da Capcom para revisitar o clima sufocante dos primeiros Resident Evil. Recursos serão drasticamente limitados, exigindo gerenciamento cuidadoso de munição, curativos e itens essenciais. O ritmo será mais lento e tenso, destacando exploração, escassez e a sensação de estar sempre à beira do perigo. Ainda assim, o jogo não ignora o que foi aprendido nos capítulos mais recentes. A Capcom promete integrar elementos modernos, novas armas e mecânicas que deixem a experiência mais variada, mantendo o equilíbrio entre nostalgia e inovação. A escolha de Grace reflete a intenção de criar um terror mais psicológico e humano. Sua falta de preparo para confrontos intensos deve transformar encontros simples em momentos de pura tensão, reforçando a sensação de vulnerabilidade que sempre definiu o melhor do survival horror.
Kumazawa indica que essa distância entre capacidade e ameaça é justamente o que torna Requiem tão especial: a personagem não é um super-herói é alguém que só quer sobreviver. Resident Evil Requiem chega em 27 de fevereiro de 2026, com versões confirmadas para PC, PlayStation 5, Nintendo Switch 2 e Xbox Series S|X. Com uma protagonista mais humana e uma abordagem que resgata as origens sombrias da série, Requiem se posiciona como um dos capítulos mais promissores e atmosféricos da franquia em muitos anos.