Alex Hernandez desabafa sobre recepção de MindsEye e teme por futuro na indústria de jogos

Alex Hernandez desabafa sobre recepção de MindsEye e teme por futuro na indústria de jogos

Ator responsável por Jacob Diaz fala sobre impacto emocional do fracasso do título da Build A Rocket Boy e reflete sobre sua associação a jogos criticados.


O ator Alex Hernandez, conhecido por interpretar Jacob Diaz em MindsEye, revelou em entrevista que chegou a temer não voltar a trabalhar na indústria de jogos após o lançamento conturbado do título da Build A Rocket Boy. Em participação no podcast FRVR, Hernandez compartilhou como a recepção negativa afetou não apenas sua confiança profissional, mas também a forma como enxerga a relação entre sua imagem e a experiência dos jogadores.

O peso de estar no centro do fracasso

“É algo difícil passar dois anos e meio em um projeto do qual você se orgulha e se orgulha da sua contribuição”, desabafou o ator.

Hernandez destacou que, apesar do resultado final, sua experiência no desenvolvimento foi marcada por colaboração positiva e entusiasmo pelo projeto. No entanto, com o lançamento repleto de bugs, glitches e críticas sobre a superficialidade da jogabilidade, a preocupação de Hernandez se voltou para a associação direta de sua imagem com o fracasso.

“Uma das consequências de ser o rosto na capa é que as pessoas, certo ou errado, associarão todas as suas opiniões e, mais importante, suas emoções sobre o jogo com o meu rosto”, explicou.

Apesar do baque inicial, Hernandez mostrou compreensão em relação à comunidade gamer. Para ele, a intensidade das reações faz parte da cultura do meio.

“Gamers são uma espécie única, e eu sou um deles, onde o apego à experiência e ao produto é tão forte, os sentimentos são tão intensos. A internet é um lugar anônimo onde as pessoas compartilham coisas que nunca diriam na sua cara, jamais. E, ao mesmo tempo, eu acho que você tem direito a isso.”

Um déjà vu com Mafia 3

Essa não foi a primeira vez que Hernandez enfrentou uma tempestade de críticas ligada ao seu trabalho em jogos. O ator também foi o rosto de Lincoln Clay em Mafia 3, título que, apesar de elogiado por sua narrativa, foi alvo de duras críticas técnicas no lançamento. Com bom humor, ele brincou sobre a coincidência:

“Não sou supersticioso, mas não posso deixar de ter algum tipo de sentido aranha, tipo, ‘Será que sou só eu?’ Será que tenho o oposto do toque de ouro, o toque de merda..?”

Apesar dos obstáculos, Hernandez continua sendo uma presença marcante no crossover entre cinema e videogames, um segmento cada vez mais valorizado pela indústria. Sua franqueza em compartilhar inseguranças e reflexões reforça a dimensão humana por trás de projetos multimilionários e evidencia os impactos que a recepção de um jogo pode ter não apenas em estúdios, mas também nos profissionais que dão vida aos personagens.

Fonte: FRVR