Plataforma conhecida por jogos sem DRM busca ampliar catálogo com títulos icônicos da Square Enix e outras empresas do Japão.
O GOG, loja digital de games da CD Projekt, consolidou-se como um dos principais espaços para quem busca liberdade total sobre suas compras. Diferente de outras plataformas, o serviço adota a política de não incluir DRM (Digital Rights Management) em seus jogos, permitindo que os usuários façam download e executem seus títulos sem depender de verificações online ou restrições externas.
Além do modelo de distribuição, a empresa polonesa também ganhou destaque com o programa de preservação de jogos clássicos, iniciativa que resgata obras antigas que não estavam disponíveis em versões digitais. Entre os exemplos estão os Resident Evil originais, hoje acessíveis de forma legal e sem bloqueios.
Japoneses começam a aderir à ideia
Segundo Marcin Paczyński, desenvolvedor sênior do GOG, estúdios japoneses começam a perceber o valor de trazer suas franquias históricas para a plataforma, especialmente como forma de preservação. Ele cita que empresas como a Square Enix vêm avaliando a possibilidade de disponibilizar títulos antigos sem DRM, permitindo que novas gerações tenham acesso a essas obras.
O exemplo mais citado é Final Fantasy VII, lançado em 1997 e considerado um marco dos RPGs japoneses. O título é o mais pedido da chamada Dreamlist do GOG, acumulando quase 85 mil votos da comunidade que deseja vê-lo integrado ao catálogo.
Indícios positivos
Em entrevista, o produtor técnico Adam Ziółkowski foi ainda mais enfático ao comentar sobre a importância de Final Fantasy VII. Para ele, o jogo “é o melhor já criado” e a inclusão no GOG representaria um avanço no processo de aproximação com estúdios japoneses.
“Estamos trabalhando em todos os jogos que aparecem no topo da nossa lista dos sonhos e já conseguimos algum progresso. Então, dedos cruzados para que vejamos alguns deles chegando em breve. Talvez Final Fantasy seja um deles”, declarou.
Preservação em primeiro plano
A filosofia do GOG vai além da praticidade para o jogador: trata-se de manter viva a memória dos videogames. Paczyński reforça que a ausência de DRM ajuda a garantir que obras clássicas continuem acessíveis mesmo décadas após o lançamento original.
Embora ainda não haja confirmação oficial, os avanços relatados sugerem que Final Fantasy VII pode se tornar um dos próximos grandes nomes a integrar o acervo do GOG, dependendo da decisão final da Square Enix.
Fonte: Gamesradar