John Romero, um dos pioneiros no desenvolvimento de jogos de tiro em primeira pessoa e co-criador de clássicos como Doom e Quake, comentou recentemente sobre a atual dinâmica do mercado de videogames. Em entrevista, ele apontou os jogos independentes como o principal motor de inovação e transformação na indústria, especialmente em um cenário dominado por títulos AAA que, muitas vezes, seguem fórmulas repetitivas.
A explosão dos indies
Romero ressaltou o enorme crescimento da comunidade indie e a quantidade impressionante de títulos lançados mensalmente em plataformas como Steam, itch.io, iOS e Android. Para ele, esse ambiente vibrante é fonte constante de ideias frescas que acabam influenciando as grandes editoras.
“Se olharmos os prêmios de Jogo do Ano, metade das vezes são jogos indies”, disse.
Ele citou exemplos de sucesso e inovação como Helldivers, Clair Obscur, Baldur’s Gate da Larian Studios, além de gigantes independentes como Valheim e Minecraft — todos responsáveis por puxar as grandes desenvolvedoras a repensarem suas próprias produções.
A democratização do desenvolvimento
Segundo Romero, a principal mudança que facilitou essa ascensão dos jogos independentes foi a queda das barreiras tecnológicas. Ferramentas acessíveis como a Unreal Engine e a facilidade para publicação em plataformas digitais permitiram que qualquer desenvolvedor, mesmo com poucos recursos, pudesse lançar seus projetos ao mundo.
“Hoje não temos mais um problema tecnológico. O desafio agora é criar um design de jogo excelente que se destaque entre tantos outros”, explicou o veterano.
Para Romero, a grande indústria deve olhar com atenção para o ecossistema indie e se inspirar nessas propostas criativas para evoluir e não ficar estagnada. Em um mercado saturado, a inovação surge das experiências ousadas que os indies trazem, apontando caminhos para o futuro dos jogos eletrônicos.
Fonte: PC Gamer