A franquia Hitman é referência no gênero stealth, e um de seus marcos é Hitman: Absolution, lançado em 2012 pela IO Interactive. Em entrevista ao portal The Game Business, o CEO do estúdio, Hakan Abrak, revisitou o desenvolvimento do título e destacou os altos custos que o projeto gerou para a época, chegando a classificar parte dos gastos como “desperdício de dinheiro”.
Desperdício no passado e aprendizado para o futuro
Abrak relembrou que a produção de Hitman: Absolution envolveu a criação exaustiva de recursos, como “novos banheiros”, que não seriam reaproveitados posteriormente.
“Fui produtor executivo de Hitman: Absolution e jurei que nunca mais faria novos banheiros. Naquele projeto, estávamos criando tudo do zero, algo descartável”, afirmou.
Com o lançamento da base do universo Hitman em 2016, o estúdio adotou uma nova mentalidade:
“Estruturamos tudo para reaproveitar elementos de forma inteligente. Com Absolution, desperdiçamos muito. Foi uma produção cheia de desperdícios. Como diretor de produção, mudei completamente nossa forma de pensar.”
Sistema de blocos e sustentabilidade
O conceito do “World of Assassination” e o sistema de blocos permitiram ao estúdio acelerar o desenvolvimento de conteúdos, como missões especiais, e reduzir significativamente os custos, mantendo alta qualidade e ambição. “Criamos essa base que possibilita desenvolver experiências de forma rápida e eficiente, essencial para produções AAA mais sustentáveis.”
Redução expressiva dos custos
Segundo Abrak, os gastos caíram de cerca de US$ 100 milhões com Hitman (2016) para US$ 20 milhões em Hitman 3, que também é o título com melhor avaliação crítica da série, alcançando notas acima de 85 no Metacritic.
“Hitman 2 custou talvez US$ 60 milhões, e Hitman 3 ficou em US$ 20 milhões, trazendo locais novos e únicos.”
Atualmente, a IO Interactive trabalha no título 007 First Light, que segundo o CEO seguirá o modelo recente de eficiência e qualidade adotado na franquia Hitman. Porém, o projeto é considerado mais ambicioso e com custos maiores, refletindo a complexidade da nova empreitada.