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A Capcom decidiu dar um passo ousado em Resident Evil Requiem: desta vez, Leon S. Kennedy não será o protagonista. A decisão pegou muitos fãs de surpresa, mas segundo os desenvolvedores, ela faz parte de uma estratégia clara: devolver à franquia o clima de vulnerabilidade e tensão que marcou seus primórdios.
Uma escolha que privilegia o horror psicológico
Durante uma transmissão oficial, o diretor Koshi Nakanishi comentou que o estúdio chegou a cogitar colocar Leon no centro da trama mais uma vez. Contudo, isso teria comprometido a proposta de terror mais intimista que Requiem deseja alcançar.
“Leon é praticamente um super-herói dentro da franquia. Ele já passou por situações tão extremas que seria difícil criar momentos genuínos de medo ao redor dele”, explicou Nakanishi. “Com um personagem tão preparado, o susto se torna menos crível. E isso vai na contramão do que queremos transmitir com Requiem.”
Grace Ashcroft: uma nova perspectiva em Raccoon City
Ao invés de seguir com os veteranos, a Capcom escolheu introduzir uma nova protagonista: Grace Ashcroft, filha da jornalista Alyssa Ashcroft (de Resident Evil Outbreak). Analista do FBI, Grace tem conhecimento técnico, mas nenhuma vivência em campo. E isso muda tudo.
Ela será os olhos do jogador ao revisitar Raccoon City — o palco do caos original da série. A ideia, segundo os desenvolvedores, é colocar o jogador de volta à pele de alguém que ainda sente medo, dúvida, desespero. Alguém que não sabe o que vai encontrar em cada esquina.
Essa escolha remete às raízes de Resident Evil, onde o terror vinha justamente da impotência diante do desconhecido. Não se trata apenas de dificuldade, mas de fragilidade emocional e psicológica — elementos que se perdem quando o protagonista já enfrentou zumbis, BOWs e governos inteiros.
Leon está fora… mas nem tanto
A ausência de Leon como protagonista não significa que ele esteja fora do jogo. A Capcom deixou claro que o agente pode aparecer em Requiem, ainda que de forma pontual ou como figura de apoio. Isso alivia a frustração de fãs que já o consideram um dos maiores ícones da franquia.
Na verdade, essa alternância de protagonismo não é novidade. Títulos como Resident Evil Revelations e Resident Evil 6 já exploraram múltiplas perspectivas, misturando veteranos e novatos. A diferença agora é que o foco está totalmente na vulnerabilidade, sem muletas ou aliados experientes para equilibrar a balança.
Uma aposta arriscada, mas necessária?
A troca de protagonismo pode dividir opiniões, mas há um motivo sólido por trás dela: resgatar o medo. O tipo de medo que se perde quando o jogador sente que está no controle o tempo inteiro.
Ao colocar uma personagem nova, mais humana e emocionalmente instável no centro da narrativa, Resident Evil Requiem tenta lembrar ao público por que amamos tanto essa série. Porque, no fim das contas, não é sobre salvar o mundo com estilo — é sobre sobreviver.
🧟 E você, o que achou da ausência de Leon como protagonista? Acredita que Grace pode entregar uma experiência à altura? Comente e siga a Level Up News para mais atualizações sobre o jogo!
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