O Switch 2, nova geração do console híbrido da Nintendo, chegou ao mercado na semana passada com uma recepção extraordinária. Como era de se esperar após o sucesso estrondoso do modelo anterior, o lançamento do Switch 2 foi um verdadeiro fenômeno — batendo, inclusive, o recorde de lançamento de console mais bem-sucedido da história do Japão. Relatos positivos também vêm de outras partes do mundo, reforçando a força da marca Nintendo no cenário global.
Em meio a esse contexto, Hideaki Nishino, CEO da Sony Interactive Entertainment, comentou o desempenho impressionante do Switch 2 durante uma recente reunião com investidores. O executivo foi questionado sobre o possível impacto desse novo hardware da Nintendo — agora com especificações técnicas superiores e uma relação mais forte com desenvolvedoras third-party — no futuro dos consoles PlayStation, especialmente pensando no PS5 e em uma eventual chegada do PS6.
Sony aposta em diferenciação e imersão
Nishino respondeu de forma diplomática, afirmando que a chegada de novos consoles, como o Switch 2, é positiva para o mercado como um todo, pois impulsiona a competitividade e aquece a demanda por videogames. No entanto, deixou claro que a Sony adota uma estratégia distinta da concorrente japonesa.
Segundo ele, o Switch 2 dificilmente representará uma ameaça direta ao ecossistema do PlayStation, uma vez que a proposta da Sony está centrada em experiências imersivas em telas grandes — algo que, segundo Nishino, requer um desempenho de hardware elevado, algo no qual o PS5 se destaca com folga.
“O PS5 foi desenvolvido com foco na imersão, com recursos técnicos avançados e inovações como o controle DualSense. Acreditamos que essa performance é essencial para oferecer uma experiência premium em grandes telas, o que nos posiciona de forma única diante de jogadores e desenvolvedores nesta geração de consoles.”
-afirmou.
O futuro é multiplataforma, mas a Sony quer liderar
O CEO também mencionou uma tendência crescente no setor: a ampliação da presença dos jogos em múltiplas plataformas. Para Nishino, esse movimento é benéfico para os desenvolvedores, mas reforça ainda mais o compromisso da Sony em manter o PlayStation como a melhor casa para se jogar — e publicar.
“Nossa missão é ser o melhor lugar para jogadores se divertirem e para criadores publicarem seus jogos, mesmo em um mundo cada vez mais multiplataforma.”
-completou.
Nintendo atrai os jovens, mas a Sony aposta em diversidade de conteúdo
Durante a reunião, um dos investidores levantou uma preocupação comum: o apelo da Nintendo entre o público mais jovem poderia comprometer a fatia de mercado da Sony a longo prazo, especialmente se esses jogadores crescerem fiéis à marca rival.
Nishino minimizou esse risco, argumentando que o PlayStation, ao longo de mais de 30 anos, sempre se destacou pela ampla variedade de jogos e experiências. Ele reforçou que a empresa continua investindo em grandes produções próprias e parcerias estratégicas com estúdios externos para manter esse diferencial.
Quem também se manifestou foi Hermen Hulst, chefe do PlayStation Studios, que destacou o alcance variado das franquias da empresa:
“Temos jogos como Marvel’s Spider-Man, que atraem fãs de super-heróis, e títulos como Horizon, que são muito populares entre o público feminino. Além disso, Astro Bot, da equipe Asobi, tem conquistado tanto crianças quanto adultos.”
Hulst ainda destacou a importância de expandir a presença da marca PlayStation para outras mídias:
“Estamos levando nossas franquias para o cinema, a televisão e o anime. Essa última área, em especial, tem um apelo enorme entre o público jovem — algo que será bastante valioso para nós no futuro.”
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Em resumo, embora reconheça o sucesso do Switch 2, a Sony mantém confiança em sua proposta diferenciada, voltada para experiências imersivas e conteúdo de alto nível. A empresa acredita que sua estratégia continuará sólida mesmo diante das mudanças no mercado, reforçando o compromisso de ser o principal destino para jogadores e desenvolvedores.