O embargo para as primeiras impressões de Resident Evil 9: Requiem caiu ao meio-dia desta quarta-feira (11), e as análises iniciais da imprensa especializada já começaram a surgir. De acordo com jornalistas que tiveram acesso a uma sessão antecipada de gameplay, o novo capítulo da Capcom representa um retorno contundente ao horror de sobrevivência clássico, evocando o clima opressivo de Resident Evil 7, mas com elementos inéditos que prometem renovar a fórmula.
Grace Ashcroft e a volta ao terror
A demonstração disponibilizada à imprensa coloca os jogadores no papel de Grace Ashcroft, a nova protagonista da saga. Ambientada em um hotel abandonado e em avançado estado de decadência, a sequência apresentada é um convite ao desconforto. Corredores úmidos, paredes descascadas e a iluminação instável criam uma atmosfera sufocante que remete aos melhores momentos da franquia.

Os jornalistas destacaram o cuidado visual e sonoro em criar um ambiente imersivo e ameaçador. Cada passo de Grace ecoa em meio ao silêncio opressor, e pequenos ruídos à distância — como o rangido de uma porta ou um estalo metálico — mantêm o jogador em constante estado de alerta.
A nova perseguidora e o medo constante
O ponto alto da demo foi a introdução de uma nova inimiga — uma figura feminina grotesca, com visual deformado e comportamento imprevisível, já apelidada por parte da imprensa como “a Freddy Krueger de saia”. Ao estilo Mr. X ou Lady Dimitrescu, essa nova perseguidora surge aleatoriamente durante a exploração, forçando o jogador a improvisar rotas de fuga em espaços apertados.


A imprevisibilidade da personagem, aliada à ambientação hostil e à escassez de recursos, gera uma tensão constante. Jornalistas afirmam que a sensação de vulnerabilidade é real — e bem-vinda —, remetendo à raiz do terror psicológico que consagrou Resident Evil como referência do gênero.
Mecânicas e câmera híbrida
A Capcom confirmou que Resident Evil 9 terá uma câmera híbrida, permitindo alternância entre a perspectiva em primeira e terceira pessoa. No entanto, durante a sessão de gameplay, foi utilizada apenas a visão em primeira pessoa — uma escolha que acentuou o sentimento de claustrofobia e impotência.
Um dos trechos mais impactantes da demonstração mostrou Grace iluminando os corredores com apenas um isqueiro. A chama frágil mal dava conta de revelar o caminho, ampliando a tensão e obrigando o jogador a confiar nos sons e nas sombras. A mecânica promete ser central em momentos-chave, explorando o medo do desconhecido com maestria.


Primeiras impressões: o reencontro com as raízes
Embora ainda seja cedo para uma avaliação definitiva, as impressões iniciais de Resident Evil 9: Requiem são extremamente positivas. Críticos apontam o jogo como uma volta consciente às origens da série, com foco em terror atmosférico, escassez de recursos, ambientações opressoras e inimigos memoráveis — mas sem abrir mão de novidades mecânicas e narrativas.
A Capcom parece ter encontrado o equilíbrio entre inovação e respeito ao legado. Se o restante do jogo mantiver o nível de intensidade da demonstração, Resident Evil 9 tem tudo para se firmar como um dos títulos mais impactantes da geração e um marco na história da franquia.