A Bethesda Game Studios surpreendeu os fãs ao lançar repentinamente The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered, reacendendo o entusiasmo por um dos RPGs mais influentes da história. Desenvolvido em parceria com a Virtuos, o remaster moderniza o clássico de 2006 com gráficos atualizados e melhorias técnicas, mantendo sua essência e liberdade de exploração que marcaram uma geração.
A eterna discussão sobre telas de carregamento
Junto ao ressurgimento de Oblivion, voltou à tona um dos aspectos mais debatidos sobre os jogos da Bethesda: as frequentes telas de carregamento. De Skyrim a Starfield, passando por Fallout 4, a estrutura da engine da desenvolvedora sempre exigiu transições entre interiores e exteriores — algo que muitos jogadores ainda questionam nos dias de hoje.
Em uma entrevista recente, Bruce Nesmith, veterano da Bethesda Game Studios e um dos principais designers de Skyrim, comentou o tema com franqueza. Segundo ele, as telas de carregamento são inevitáveis devido ao nível de detalhe e complexidade técnica dos mundos criados pelo estúdio.
“Todo mundo que reclama disso assume que é porque somos preguiçosos ou porque não queremos seguir o pensamento moderno sobre essas coisas. A realidade é que os jogos da Bethesda são tão detalhados e tão pesados graficamente… que simplesmente não dá para ter tudo carregado ao mesmo tempo.”
Nesmith explica que as tentativas de substituir as transições por sistemas de streaming contínuo, como fazem outros jogos de mundo aberto, muitas vezes resultam em travamentos ou problemas de desempenho. Por isso, segundo ele, a abordagem mais estável e confiável continua sendo pausar brevemente o jogo para carregar os dados necessários.
“Não posso ter os interiores de todos esses lugares carregados ao mesmo tempo que os exteriores. Isso simplesmente não é uma opção. […] É melhor pausar o jogo por um momento, mostrar uma tela de carregamento e só então continuar.”
The Elder Scrolls VI: a próxima fronteira
Com o remaster de Oblivion já disponível, os olhos se voltam agora para The Elder Scrolls VI, próximo grande projeto da Bethesda. Embora o título ainda esteja em fase inicial de desenvolvimento, espera-se que ele eleve novamente os padrões da franquia — mesmo que as telas de carregamento ainda façam parte da experiência, conforme indicado por Nesmith.
Apesar das críticas recorrentes, a estrutura modular adotada pela Bethesda é também uma das razões pelas quais seus mundos são tão ricos, detalhados e interativos. O equilíbrio entre tecnologia e design permanece como um dos principais desafios para o estúdio nos próximos anos.
Fonte: Video Gamer