Chegou aquela maravilhosa época do ano, o lançamento de F1 25. A versão deste ano inclui um modo Minha Equipe completamente reformulado, novos capítulos de Ponto de Frenagem, além de cinco novas pistas escaneadas por LIDAR.
Liguem os motores e preparem-se, pois estou jogando há alguns dias e vou contar no decorrer desta análise as principais mudanças, o que me deixou feliz e o que me frustrou.

Luzes acesas, é hora da corrida!
Todos os carros de F1 estão incluídos, assim como todos os pilotos. Antes que você pergunte, no lançamento, Yuki Tsunoda está no carro principal da Red Bull, mas Jack Doohan ainda ocupa um dos assentos da Alpine após as trocas de pilotos no início da temporada, vistas na F1 real.
Todos os carros e pilotos da F2 de 2024 também estão incluídos. Isso funciona muito bem se você começar na F2 no modo Carreira, porque você acaba correndo com Ollie Bearman, Gabriel Bortoleto, Franco Colapinto, Isack Hadjar e Kimi Antonelli, o que é muito legal — cria-se uma imersão maravilhosa ao atual GRID da Fórmula 1 na qual todos os rookies chegaram a maior categoria de automobilismo do mundo.

Pela primeira vez, três pistas permitem correr ao contrário: Zandvoort, Áustria, e Silverstone.
Os circuitos escaneados por LIDAR, são cinco no total: Melbourne, Suzuka, Imola, Miami e Bahrein. É bastante perceptível o quanto as pistas correspondem ao que você “veria” na vida real — sim, infelizmente eu sou uma daquelas pessoas apaixonada pela categoria mas que nunca teve a chance de assistir o GP de Interlagos presencialmente.
Fórmula 1 não é apenas sobre velocidade!
Ponto de Frenagem retorna este ano com o “Capítulo 3” após sua estreia em 2021 e 2023. É uma espécie de modo história da série F1 e acompanha um grupo de pilotos fictícios da equipe Konnersport enquanto competem no campeonato. É um conceito muito bom, e estou muito feliz que eles o tenham no jogo. A série da Netflix, Drive to Survive, é muito popular entre as pessoas apaixonadas pela categoria e este parece ser claramente um modo criado para gerar entretenimento exclusivamente ao público do universo de Fórmula 1.
Quando falamos sobre história de jogos de corrida Need for Speed Underground 2 e Need for Speed Most Wanted ainda lideram — na minha opinião — o gênero. As cenas não necessariamente são ruins, mas há muito no que melhorar.

Escolhendo Aiden Jackson ou Callie Mayer, os jogadores podem vivenciar a história da perspectiva de ambos os pilotos da Konnersport. O melhor de tudo é que os jogadores podem decidir quem será o campeão mundial no final, então cada um pode escrever sua própria versão da história.
Embora ambos os personagens recebam tratamento igual no GRID, Callie recebe um pouco mais de atenção quando se trata de desenvolvimento de personagem fora do asfalto, principalmente porque Ponto de Frenagem 3 é tanto um drama familiar quanto um sucesso de bilheteria esportivo. Callie Mayer, Devon Butler e seu pai, Davidoff, estão no centro dos acontecimentos, e uma reviravolta dramática do destino levanta questões que ninguém esperaria ver abordadas neste contexto específico — questões sobre luto e laços familiares. Aiden recebe o que lhe é devido e desempenha um papel fundamental, mas principalmente como um parceiro.
No fim das contas, Braking Point 3 provavelmente fará o coração do jogador disparar, já que Devon Butler — que começou como o antagonista mais arrogante e bigodudo conhecido pela humanidade — faz um discurso emocionante para animar a todos para a corrida final e decisiva. É isso que torna este modo tão incrível — ele fornece contexto e apostas para a ação na pista.

Meu time, minhas regras!
Lançado em F1 2020, o MyTeam está sem dúvida entre os melhores recursos que a Codemasters já adicionou à sua série de F1. No entanto, a falta de inovação e as crescentes limitações ao longo dos anos o deixaram precisando de uma reformulação.
Isso chegou ao F1 25, com o MyTeam dando sequência ao principal modo de carreira de pilotos do jogo do ano passado, mas com uma reformulação para esta nova versão. Mas, embora haja muito o que aproveitar nesta versão atualizada do MyTeam, isso veio com o custo de os jogadores não poderem mais correr com seus próprios personagens personalizados para suas próprias equipes.
Em uma mudança deliberada, a nova versão do MyTeam permite que os jogadores assumam o papel de chefe de equipe, em vez de proprietário/piloto. Após definir o nível inicial de recursos, verbas e desempenho do carro da sua equipe, você precisa gerenciar os departamentos de engenharia, pessoal e corporativo com um controle muito mais detalhado e granular do que antes. Pesquisa e desenvolvimento agora são separados, o que significa que, depois de projetar uma peça para atualização, você precisa investir separadamente na fabricação dessa peça. Se a sua equipe for menor e não tiver instalações para isso, você estará limitado a apenas uma peça atualizada por vez, que deverá ser atribuída a um piloto antes do outro.
Agora você tem controle direto sobre o número de funcionários de cada um dos seus departamentos, que os pilotos de equipes rivais levarão em consideração ao decidir se contratam você. Você está limitado pelo teto orçamentário e pelas restrições de testes aerodinâmicos, o que significa que, à medida que você melhora e sobe no grid, seu tempo no túnel de vento fica cada vez mais limitado.

O patrocínio também está mais presente neste modo reformulado e constitui uma parte importante do sistema de personalização de pinturas. Manter os patrocinadores satisfeitos com desempenho e fidelidade renderá mais recompensas cosméticas, com a possibilidade de desbloquear pinturas de carro especialmente projetadas e temáticas em torno do seu patrocinador principal, adicionando mais autenticidade à sua equipe.
O novo MyTeam parece uma reformulação muito bem-vinda de um modo que tem precisado de mais atenção nos últimos anos, combinando o melhor das melhorias na carreira de pilotos do ano passado com a realização fantástica de ser a 11ª equipe no grid. E, como um toque extra, você ainda tem a oportunidade de jogar com a equipe Konnersport ou com a equipe APX GP do próximo filme de F1 neste modo, se desejar.

DualSense, acessibilidade e F1 World (Multiplayer)
DualSense manteve as funcionalidades dos anos anteriores. O uso da resposta tátil e dos gatilhos adaptáveis aumentam a diversão, proporcionando a simulação de dirigir um carro de Fórmula 1. Frear, acelerar, passar em cima das zebras — ou errar e sair da pista —, conversar com seu engenheiro de corrida entre outros vários detalhes que utilizam das funcionalidades do controle desenvolvido pela Sony Interactive Entertainment.
Em relação à acessibilidade, um detalhe bastante notável é a UI e HUD. Antes de continuar, as configurações de acessibilidade das legendas foram bastante melhoradas mas não disponibilizar a modificação do tamanho privando apenas à única opção não me agradou. Inclusive, achei um pouco grande. Poderiam, por exemplo, disponibilizar tamanhos pequeno/médio/grande.

Modo daltônico oferece três opções de ajustes: Protanopia, Deuteranopia e Tritanopia.
Alguns dos recursos de áudio foram desenvolvidos para a finalidade de “beneficiar” jogadores com baixa visão e cegueira.
- “AI Control Cue”, informa quando a IA assume o veículo (por exemplo, ao entrar no box)
- “Braking Assist”, informa sobre a intensidade da frenagem
- “Gear Indicator Cue”, informa sobre a troca de marcha
- “Audio Steering Assist”, informa sobre o traçado dinâmico
- “Track Limits Cue”, informa sobre o limite de pista
- Veja a lista completa AQUI
F1 World (Multiplayer) retorna nesta edição com os eventos em série, ranqueadas, o principal entretenimento se manteve como o Ranking semanal (Bronze, Prata I, Prata II, Ouro I, Ouro I, Ouro II, Ouro III e Elite — onde separou os meninos dos homens no F1 23 e F1 24) e o inédito, Exclusivos.

Se trata de um evento sobre “figurinhas”. Você corre em várias corridas dentro do F1 World e ganha figurinhas para eventos de pontos com a finalidade de ganhar recompensas valiosas para elevar o nível de seu veículo. São categorizadas por níveis, mas o ponto negativo é que aqui sozinho você não consegue as pontuações máximas – e que consequentemente liberam peças melhores, como as de níveis raro e lendário.
Basicamente, se você — assim como eu — jogou F1 24 eles substituiram o álbum de figurinhas com os melhores momentos de cada piloto do GRID, equipes e pistas, por um modo extremamente morto. Provavelmente, a pior adição nesta edição. Correr no F1 World é magnifico e ganhar as figurinhas no ano passado se tratava de reunir o máximo de figurinhas sobre a “Copa de Fórmula 1”.
F1 25, vale a pena?
É o jogo mais completo sobre Fórmula 1, com claras melhorias mantendo a essência sobre a maior categoria de automobilismo do mundo.
F1 25 está disponível para PS5, Xbox Series X e PC em duas edições: Padrão e Icônica.
Agradecemos à Electronic Arts do Brasil pelo envio da chave para PlayStation 5, essencial para a realização desta análise.