Diretor associado destaca necessidade de retorno da exploração acrobática nos próximos jogos da franquia
Simon Lemay-Comtois, diretor associado de Assassin’s Creed Shadows, reafirmou em entrevista ao GamesRadar+ que o parkour, mecânica histórica e essencial da série, precisa retomar seu papel de destaque nos próximos lançamentos da franquia. Segundo ele, embora os mundos abertos recentes (especialmente Origins, Odyssey e Valhalla) tenham impressionado pelo tamanho e complexidade, eles acabaram sacrificando a densidade arquitetônica escalável que possibilitava experiências de exploração vertical e acrobática mais completas.
“Prestem mais atenção ao parkour nos jogos futuros como um pilar próprio”, enfatizou Lemay-Comtois, reforçando que a Ubisoft reconhece a necessidade de reequilibrar a experiência, colocando a movimentação ágil e a exploração vertical de volta ao centro do gameplay.
O diretor também mencionou que ajustes nesse sentido estão sendo aplicados tanto nas atualizações pós-lançamento de Shadows quanto nos processos internos do estúdio, com a mensagem clara de que “o parkour importa” e deve ser tratado como componente essencial da experiência de Assassin’s Creed.
O contexto dos próximos projetos da franquia
O momento é estratégico para a Ubisoft, com múltiplos projetos simultâneos. Assassin’s Creed Jade marcará a primeira incursão da série em mundo aberto para dispositivos móveis, trazendo desafios inéditos de adaptação do parkour a telas menores e controles touch. Por sua vez, Assassin’s Creed Codename Hexe, desenvolvido pela Ubisoft Montreal (responsável por Valhalla) promete explorar um tom mais sombrio e detalhado, o que pode abrir espaço para revisitar verticalidade e exploração acrobática de formas mais criativas. Além disso, rumores sobre um possível remake de Assassin’s Creed 4: Black Flag reforçam a tendência da série em revisitar experiências clássicas.
Black Flag, conhecido por combinar navegação naval com exploração vertical em cidades portuárias, seria um terreno perfeito para reforçar o parkour como mecânica central, alinhando nostalgia e inovação. Embora ainda não haja confirmação de que os próximos títulos seguirão integralmente a recomendação de Lemay-Comtois, suas declarações evidenciam a preocupação da Ubisoft em resgatar uma das mecânicas mais icônicas da franquia. A aposta é clara: o parkour não é apenas um recurso estético, mas uma assinatura da experiência de Assassin’s Creed que conecta fãs antigos e novos, garantindo que a exploração acrobática continue a ser um dos pilares que definem a identidade da série.
Com essa postura, a Ubisoft sinaliza não apenas uma correção de rota para os fãs críticos das mudanças recentes, mas também um compromisso em alinhar inovação, narrativa e jogabilidade de forma mais equilibrada, garantindo que a sensação de liberdade e desafio físico (marca registrada da franquia) volte a ser protagonista.
