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Primeiros episódios resgatam a essência da série, mas ritmo divide opiniões
A última dança em Hawkins começou. A primeira parte da 5ª e derradeira temporada de Stranger Things já está disponível na Netflix, e os quatro episódios que formam o Capítulo 1 dão o pontapé inicial para o confronto final contra Vecna. O mundo inteiro segura o fôlego, mas a crítica já abriu o jogo sobre o que esperar dessa despedida tão aguardada.
A série dos irmãos Duffer estreou em 2016 e logo se transformou em um colosso cultural, atravessando fronteiras, inspirando gerações e acumulando números absurdos: nove anos no ar, quatro temporadas completas, doze Emmys e bilhões de horas assistidas. Agora, o fim finalmente tem forma.
E como está o começo do fim?
Nostalgia com cara de blockbuster
No Rotten Tomatoes, a nova temporada aparece com 88% de aprovação da crítica, baseada em 57 reviews. É a nota mais baixa da série até agora, mas não se engane: o consenso é de que o Capítulo 1 funciona como um prólogo emocionante, grandioso e, acima de tudo, fiel ao DNA da primeira temporada.
Críticos destacam o retorno da dinâmica clássica do grupo, algo que muita gente sentia falta desde as expansões da história nos últimos anos. O elenco veterano também é apontado como um dos grandes trunfos deste início, especialmente Noah Schnapp, cuja performance como Will Byers tem sido amplamente celebrada. O Screen Rant crava que o personagem “finalmente está no olho do furacão”, com uma trama que o coloca no centro da narrativa e aprofunda sua ligação psíquica com Vecna.
Na parte técnica, a série mantém o padrão monumental da temporada anterior, equilibrando ação, direção ambiciosa e efeitos visuais impecáveis sem perder o humor característico. O Bloody Disgusting descreve a estreia como “bombástica” e afirma que Vecna está mais aterrorizante do que nunca, em um crescendo de tensão que coloca vários personagens frente a frente com a morte.
Nem tudo é luz neon em Hawkins
Claro, também há quem torça o nariz. O IGN aponta que o ritmo peca pela lentidão e que alguns episódios se estendem mais do que deveriam, criando a sensação de excesso. Já o Collider critica o desequilíbrio entre os personagens: alguns brilham, outros quase não têm espaço — casos como Mike, que entrega discursos inspiradores mas carece de evolução concreta, e Lucas, praticamente ausente desta primeira metade.
Apesar disso, a sensação predominante é de que os acertos superam os tropeços. O Capítulo 1 pode ser mais contemplativo e, por vezes, repetir fórmulas, mas abre caminhos interessantes para o desfecho. Ainda restam quatro episódios antes da grande despedida, o que significa que o veredito final ainda está em jogo.
O que vem pela frente
A segunda parte da temporada, com os episódios 5 a 7, estreia em 26 de dezembro de 2025. Já o grande final de Stranger Things começa em 1º de janeiro de 2026 — um Réveillon digno de Hawkins.
Para quem quiser revisitar momentos-chave, os irmãos Duffer recomendaram ao The Hollywood Reporter (via IGN) quatro episódios essenciais para recapitular tudo antes dos próximos capítulos.
E mesmo com o fim da série principal à vista, o universo de Stranger Things está longe de se aposentar. Em 2026 chega a animação Stranger Things: Tales From ’85, que se passa entre a 2ª e a 3ª temporada. Além disso, os Duffer já trabalham em um spin-off live-action ambientado no mesmo universo.
Conclusão:
O Capítulo 1 de Stranger Things 5 abre o jogo com nostalgia, tensão e ambição cinematográfica, ainda que tropece no ritmo e na distribuição dos holofotes. Hawkins acende sua última fogueira e parece pronta para fechar o ciclo com estilo.
Fonte: Rotten Tomatoes, Screen Rant, Bloody Disgusting, IGN, Collider