Call of Duty: Black Ops 7 traz campanha “surreal” e mudanças polêmicas na gameplay solo

Call of Duty: Black Ops 7 traz campanha “surreal” e mudanças polêmicas na gameplay solo

Novo título da franquia da Treyarch impressiona no multiplayer, mas sua campanha single-player divide opiniões com momentos absurdos e estrutura online obrigatória.


O lançamento de Call of Duty: Black Ops 7, ocorrido ontem, trouxe à tona uma experiência que já está sendo amplamente comentada pela comunidade de jogadores. Se por um lado o multiplayer mantém o padrão de qualidade da franquia, oferecendo ação rápida, estratégias competitivas e variedade de modos, a campanha single-player tem gerado reações inesperadas. Jogadores relatam que o modo história está muito mais “viajado” e surreal do que se esperava, destoando do tom sério e militar que sempre caracterizou a série. Diversas sequências da campanha têm sido compartilhadas nas redes sociais, destacando cenas exageradas e absurdas. Um dos exemplos mais comentados mostra uma batalha contra um chefe humano gigantesco, com proporções quase monstruosas, atacando o jogador de forma caricata e desproporcional.

Outra cena popular envolve um personagem que funciona literalmente como escudo humano, sobrevivendo a explosões de mísseis, atropelamentos e rajadas de metralhadora sem sofrer qualquer dano, desafiando completamente a física do jogo e qualquer lógica militar. Talvez a situação mais extrema seja uma missão em que o jogador forma uma aliança com um exército de zumbis para derrotar inimigos, combinando elementos de horror, fantasia e combate em um contexto que jamais se esperaria em um título tradicional de Call of Duty. O comportamento desses mortos-vivos e sua interação com o ambiente e com o jogador provocam cenas inesperadas e, muitas vezes, absurdamente engraçadas ou impressionantes.

Estrutura da campanha e foco online

Além do conteúdo surreal, Black Ops 7 introduziu mudanças significativas na forma de jogar solo, que têm causado frustração entre jogadores acostumados a uma experiência single-player tradicional. A campanha exige conexão constante com a internet, tornando impossível pausar o jogo e expulsando o jogador se ele ficar inativo por muito tempo. Essa medida revela um foco claro no modo cooperativo online, para até quatro jogadores, onde tarefas e desafios foram projetados para serem divididos entre múltiplos participantes. Jogadores que optam por jogar sozinhos enfrentam uma série de obstáculos: não há substitutos controlados por IA, não existe seleção de dificuldade adaptativa e várias tarefas precisam ser repetidas manualmente, como colocar cargas de C4 em um prédio quatro vezes seguidas quando jogando sozinho.

Esses elementos aumentam a complexidade da campanha solo e geram frustração por exigir muito mais tempo e esforço do que a versão cooperativa permite. Outro ponto que tem incomodado a comunidade é a falta de checkpoints na campanha. Se o jogador precisar sair de uma missão (seja por queda de conexão, atualização ou simplesmente por necessidade de pausa), todo o progresso é perdido, e a etapa precisa ser reiniciada do zero. Com a exigência de conexão constante, instabilidades de rede podem facilmente resultar em perda de horas de progresso, aumentando a sensação de frustração entre aqueles que preferem a experiência solo.


Call of Duty: Black Ops 7 está disponível para PC, PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series S|X, além de estar incluso no Xbox Game Pass Ultimate e PC Game Pass desde o lançamento. Enquanto o multiplayer tem sido elogiado e considerado fiel ao legado da franquia, a campanha single-player tem gerado debates acalorados sobre o equilíbrio entre conteúdo online e experiência solo, além do impacto das decisões de design mais “absurdas” e surreais na narrativa e na imersão. O título, portanto, representa uma mistura de tradição e inovação extrema, mantendo a ação intensa que os fãs esperam, mas introduzindo elementos que desafiam expectativas e provocam discussões sobre o futuro da franquia em modos solo versus multiplayer.