Acusações de uso não autorizado de IA geram polêmica em remasterizações de Tomb Raider
A atriz francesa Françoise Cadol, conhecida por emprestar sua voz a Angelina Jolie e Sandra Bullock, denunciou a Aspyr por recriar sua interpretação de Lara Croft com inteligência artificial nas remasterizações de Tomb Raider 4-6, sem seu consentimento.
Após o lançamento do Patch 2 das remasterizações, fãs notaram que a nova dublagem soava muito parecida com a original, mas não atingia o mesmo padrão de qualidade, levantando suspeitas sobre o uso de IA. Em carta de cessação de produção enviada ao estúdio, Cadol chamou o ato de “traição e desrespeito”, agradecendo o apoio da comunidade que rapidamente percebeu a diferença.
O caso não se limita à França: fãs no Brasil e na Espanha também questionaram a autenticidade das vozes. No Brasil, a dubladora Lene Bastos, que interpretou Lara Croft nas versões originais, manifestou oposição ao uso de IA. A Aspyr prometeu corrigir o problema em um futuro patch e declarou que o uso da tecnologia foi feito por um parceiro terceirizado, sem autorização ou conhecimento do estúdio.
O caso envolvendo Françoise Cadol e a Aspyr evidencia os desafios éticos que a inteligência artificial impõe à indústria de games. Além de levantar questões sobre direitos de dublagem e consentimento, o episódio reforça a necessidade de maior transparência e responsabilidade por parte dos estúdios, especialmente ao lidar com tecnologias capazes de replicar vozes humanas.
À medida que a IA se torna cada vez mais presente, equilibrar inovação e respeito pelos profissionais envolvidos será essencial para preservar a confiança dos jogadores e da comunidade criativa.