A Obsidian Entertainment revelou novos detalhes sobre The Outer Worlds 2, sequência do aclamado RPG de ficção científica lançado em 2019. Previsto para 29 de outubro de 2025 no PC, PlayStation 5 e Xbox Series X|S (com lançamento no Game Pass), o título promete aprofundar ainda mais seus sistemas de escolhas e consequências — com uma decisão polêmica já causando debate: a remoção da função de “respec”.
Em outras palavras, não será possível reatribuir os pontos de habilidades e perks uma vez que forem distribuídos. Segundo o diretor Brandon Adler, essa mudança tem um propósito claro: resgatar o peso das decisões em jogos de RPG.
Suas escolhas importam e são permanentes
Ao justificar a remoção da opção de redefinir atributos, Adler foi direto:
“Muita gente adora o sistema de respec. E essa é, definitivamente, uma forma válida de se fazer as coisas. Mas, pessoalmente, eu quero que o jogador entenda que suas escolhas são permanentes — elas importam — e, com isso, ele pense mais antes de decidir”.
A crítica implícita é direcionada à tendência da indústria atual, que frequentemente oferece ferramentas de flexibilidade para que o jogador possa experimentar múltiplos estilos sem compromisso. Para Adler, isso dilui a identidade do personagem criado:
“Muitas vezes você vê jogos que permitem respec infinito, e nesse ponto eu já não estou realmente interpretando um personagem. Fico pulando entre estilos — tipo, meu personagem é um excelente assassino, aí vira mestre da oratória, e por aí vai”.
Sistema de perks e traços negativos
The Outer Worlds 2 terá um sistema expansivo de perks, com mais de 90 opções, além de uma mecânica que associa cada habilidade a um efeito colateral — os chamados “traços negativos”. A ideia, segundo o diretor, é reforçar a autenticidade das escolhas, premiando o planejamento e respeitando o tempo do jogador.
“É dizer que suas escolhas importam, então leve isso a sério — e nós vamos honrar isso garantindo que o jogo reaja de forma legal às decisões que você tomar. Isso é respeito ao seu tempo”, afirmou Adler.
Uma experiência direcionada e intencionalmente não universal
Adler também foi transparente sobre a filosofia da Obsidian em relação ao público-alvo. Em vez de tentar agradar a todos, o estúdio optou por priorizar uma experiência coesa e com identidade própria.
“Eu diria que é preciso deixar claro, desde cedo, qual é a experiência que a pessoa vai ter. Se não for para ela, tudo bem. Esperamos convencê-la de que é, mas também não vou fazer um jogo para literalmente todo mundo, porque aí sinto que a experiência fica diluída demais”, declarou o diretor.
Com lançamento agendado para 29 de outubro, The Outer Worlds 2 chegará com promessa de ser uma experiência mais densa, desafiadora e fiel às raízes dos RPGs clássicos. A ausência da função de respec pode dividir opiniões, mas reforça uma mensagem clara da Obsidian: este é um jogo sobre assumir decisões — e viver com as consequências.
Fonte: RPG Site