Desempenho fraco, input lag e tamanho de arquivo exagerado geram frustração entre jogadores
A chegada repentina de The Elder Scrolls V: Skyrim – Anniversary Edition ao Switch 2 deveria ter sido uma celebração. Era a chance de apresentar, enfim, uma versão portátil mais robusta de um dos RPGs mais populares de todos os tempos. Só que o resultado ficou bem longe do ideal. Mesmo com melhorias visuais evidentes em relação ao primeiro Switch, o port virou alvo de críticas quase imediatas pela comunidade. O principal ponto de insatisfação é o desempenho travado em 30 FPS. É simplesmente baixo para um hardware que já provou ser capaz de mais e não “só um pouco mais”. O fato de Cyberpunk 2077 rodar a 40 FPS no mesmo console escancara que a limitação não é técnica, mas consequência de um port mal otimizado. Ver um jogo de 2011 preso à metade do desempenho que poderia entregar deixa claro que houve pouca ambição ou cuidado na adaptação.
Input lag compromete a jogabilidade até no modo portátil
O problema não para na taxa de quadros. Jogadores têm relatado input lag perceptível, algo que compromete diretamente a fluidez do combate, da movimentação e até da exploração. Em um RPG de ação onde a resposta rápida aos comandos faz diferença, esse atraso vira uma âncora. No modo portátil, a situação se agrava, deixando a sensação de que o jogo reage com atraso a praticamente tudo. Numa plataforma nova que se vende exatamente pela experiência híbrida, entregar um port com resposta lenta é, no mínimo, um sinal de descuido. Se o desempenho já não agradou, o tamanho do jogo selou de vez a indignação: 53 GB. Um número tão alto que chega a parecer erro.
Para comparação, a versão Special Edition no PC ocupa 12 GB e mesmo com o extra da Anniversary Edition, chega a cerca de 25 GB. No Xbox Series, o pacote completo fica em torno de 32 GB. Ver o Switch 2 exigir metade de um cartão de 128 GB por um jogo de 2011 acendeu todas as luzes de alerta. Essa discrepância gigante levantou teorias ranging de compressão mal feita a problemas internos da engine da Bethesda, que continua mostrando dificuldade em lidar com plataformas fora do ecossistema principal.
Com reclamações se acumulando, a expectativa agora é simples: atualizações que reduzam o input lag e melhorem o desempenho. Não há justificativa razoável para Skyrim rodar abaixo do que a própria comunidade sabe que o Switch 2 suporta. O silêncio da Bethesda só alimenta especulações, e, se a empresa quiser evitar que o port seja marcado como “desnecessário” desde o primeiro dia, vai precisar agir rápido. Enquanto isso não acontece, o lançamento acaba deixando um gosto amargo. Não pela presença de Skyrim no Switch 2, mas por mais uma prova de que portar um clássico não significa automaticamente fazer justiça à sua história.
