Square Enix revela números colossais de vendas e reforça domínio global de suas maiores franquias

Square Enix revela números colossais de vendas e reforça domínio global de suas maiores franquias

Relatório financeiro destaca o peso histórico de Final Fantasy, Dragon Quest e Kingdom Hearts no faturamento da empresa


A Square Enix abriu seus números e deixou claro, sem rodeios, quais são as séries que realmente sustentam sua operação global. O novo relatório financeiro da companhia japonesa detalha o desempenho comercial de suas três maiores propriedades intelectuais e escancara o tamanho do impacto que esses universos de RPG exercem tanto no Japão quanto no restante do mundo. Trata-se de dados que não apenas confirmam a força das franquias, mas também evidenciam o quanto a empresa continua dependente delas para manter seu faturamento em alta. A marca mais emblemática da Square Enix continua sendo, de longe, o seu carro-chefe. Somando todas as entradas principais, remakes, remasters, spin-offs e relançamentos digitais, Final Fantasy já ultrapassou 204 milhões de unidades vendidas.

Esse volume gigantesco não apenas a coloca como a série mais lucrativa da empresa, mas também garante ao nome um espaço fixo entre as franquias de RPG mais influentes da história da indústria. O apelo de Final Fantasy permanece sólido mesmo após décadas de existência. Cada novo lançamento atrai tanto veteranos quanto novos jogadores, ajudando a manter o ciclo de vendas ativo mesmo em anos mais mornos. A estratégia da Square Enix de revisitar clássicos (como o remake da parte final da trilogia de FFVII) também contribui significativamente para esse crescimento.

Dragon Quest mantém relevância histórica no Japão e avança globalmente

Dragon Quest, embora muito mais enraizada culturalmente no Japão, segue como uma força indispensável dentro do catálogo da empresa. A franquia já ultrapassou a marca de 95 milhões de unidades comercializadas, mostrando que seu estilo tradicional de RPG por turnos continua extremamente forte. A marca é tão consolidada em território japonês que novos lançamentos chegam a influenciar hábitos culturais, como aumento de vendas de hardware e até picos de ausência escolar, fenômenos reportados há décadas. Mesmo com uma presença internacional menor que Final Fantasy, a série tem ampliado seu alcance no Ocidente, especialmente após o sucesso de Dragon Quest XI. Ao combinar personagens da Disney e da Square Enix em uma fórmula improvável, Kingdom Hearts poderia ter sido apenas um experimento curioso. Mas o resultado foi uma franquia que já superou 38 milhões de unidades vendidas, desempenho muito expressivo para a mais jovem das três séries principais da empresa.

O lançamento de Kingdom Hearts III em 2019 revitalizou o interesse na saga, trazendo uma enorme onda de novos jogadores e reacendendo o apelo nostálgico dos fãs antigos. Essa mistura de elementos infantis com temas complexos mantém a franquia em um nicho próprio, mas com um público extremamente fiel e engajado. O relatório financeiro também apresenta um panorama do faturamento da Square Enix no ano fiscal encerrado em 31 de março. A divisão de Entretenimento Digital (responsável por jogos e serviços associados) representa 63,6% da receita total. Em outras palavras, quase dois terços do dinheiro da empresa vêm diretamente dos games. Outros setores aparecem muito atrás:

  • “Diversão”: 21,5%, incluindo atrações físicas, equipamentos de arcade e iniciativas de entretenimento presencial
  • “Publicação”: 9,5%, responsável por mangás, livros e revistas
  • “Merchandising”: 5,4%, englobando produtos licenciados e itens de coleção

A leitura é simples: embora a Square Enix atue em múltiplos segmentos, são os videogames e seus grandes pilares que mantêm a engrenagem girando.

O que isso significa para o futuro da Square Enix

Com números tão concentrados em poucas propriedades, fica evidente que a empresa precisa continuar investindo pesado nessas três marcas para manter sua relevância. Remakes, relançamentos e novas entradas são inevitáveis e a tendência é que a Square Enix procure maneiras de expandir ainda mais seus universos, seja por meio de transmedia, novos serviços ou colaborações externas. Esses dados também reforçam a importância estratégica de cada decisão envolvendo Final Fantasy, Dragon Quest e Kingdom Hearts. Um deslize nessas franquias teria impacto direto no desempenho anual da empresa, enquanto um acerto pode impulsionar todo o ecossistema de produtos associados. Em resumo, o novo relatório apenas confirma o óbvio: as três séries continuam sendo o motor financeiro da Square Enix e não há sinal de que isso vá mudar tão cedo.