Assassin’s Creed Shadows no Switch 2 entrega visual forte com DLSS, mas sofre em modo dock

Assassin’s Creed Shadows no Switch 2 entrega visual forte com DLSS, mas sofre em modo dock

Análise da Digital Foundry aponta evolução técnica, mas também limitações claras no novo hardware da Nintendo


A Digital Foundry não economizou elogios para o que o Switch 2 consegue arrancar de Assassin’s Creed Shadows. O jogo se apoia pesado no DLSS para reconstruir a imagem e entregar uma nitidez muito acima do que seria possível em resolução nativa. Resultado: um visual surpreendente para um hardware portátil, com texturas, iluminação e densidade de cenário que se aproximam mais das versões maiores do que qualquer jogo da franquia já rodando em consoles da Nintendo. A parte feia da história aparece assim que o Switch 2 é colocado na base. O problema não é a taxa média de quadros, mas sim o frame pacing, aquele velho vilão que destrói fluidez mesmo com números aceitáveis.

A alternância irregular entre quadros faz a movimentação parecer engasgada, como se o jogo estivesse “quebrando” o ritmo visual. É o tipo de falha que incomoda imediatamente e que, se não for corrigida, joga contra a promessa de um lançamento tecnicamente ambicioso.

Modo portátil entrega a melhor experiência

O contraste é claro: no portátil, o jogo simplesmente roda melhor. O VRR trabalha a favor e praticamente apaga o problema de oscilações, garantindo fluidez sólida. É irônico, mas faz sentido, a tela integrada e o controle direto sobre o refresh dão ao portátil uma vantagem operacional que a base não consegue replicar. Mesmo com os tropeços, este Assassin’s Creed tem um peso especial. É a primeira vez que um capítulo principal da franquia chega ao hardware da Nintendo alinhado com as outras plataformas. Não é versão em nuvem, não é corte agressivo, não é spin-off: é o jogo completo. Isso sinaliza que o Switch 2 finalmente tem fôlego para receber produções AAA contemporâneas sem sacrificar metade da ambição artística e técnica do original.

Ambientado no Japão do século XVII, Assassin’s Creed Shadows coloca o jogador no controle de dois protagonistas com abordagens complementares: Naoe, ágil e furtiva, e Yasuke, mais direto e brutal. É uma fórmula de dualidade que combina com o contexto histórico e dá espaço para estilos de gameplay bem distintos. Se a Ubisoft resolver o frame pacing no dock, o Switch 2 pode receber um dos ports mais impressionantes do catálogo. Se não resolver, o portátil continua sendo o único jeito realmente confortável de jogar.