Estúdio aposta na liberdade total do jogador e em uma abordagem inspirada nos clássicos RPGs de mesa
Em entrevista ao Eurogamer, o diretor Konrad Tomaskiewicz detalhou uma das decisões criativas mais ousadas de The Blood of Dawnwalker: o jogo não contará com uma missão principal clássica. A escolha, segundo ele, faz parte da filosofia da Rebel Wolves de entregar um RPG que prioriza liberdade e agency acima de estruturas narrativas rígidas.
O projeto reúne veteranos que trabalharam em títulos como The Witcher 3: Wild Hunt. Embora o estúdio já tenha afirmado diversas vezes que busca atingir o mesmo nível de qualidade daquele sucesso da CD Projekt RED, a intenção sempre foi trilhar um caminho próprio. Agora, Tomaskiewicz aprofunda essa visão ao explicar como o game foi construído a partir de inspirações vindas dos RPGs de mesa.
Um RPG moldado pelas escolhas do jogador
De acordo com o diretor, a ausência de uma missão principal não significa falta de propósito — pelo contrário. O jogador será apresentado ao grande antagonista logo no início, e todo o resto nasce das suas decisões.
Tomaskiewicz explica que o mundo do jogo funciona como um tabuleiro vivo, no qual as missões surgem organicamente, dependendo de onde o jogador vai, com quem conversa e como decide se preparar.
“Não existe uma jornada central pré-determinada. Você escolhe seu caminho. Sabe onde está o inimigo. Pode ir até ele quando quiser”, afirma.
Ele destaca ainda que é o próprio jogador quem define se partirá imediatamente para o confronto ou se vai preferir se fortalecer, caçar equipamentos raros, evoluir o personagem ou recrutar aliados antes do embate decisivo.
Segundo o diretor, o objetivo é “aproximar os videogames da sensação de um RPG de mesa”, oferecendo liberdade real — não apenas a ilusão dela.
E o impacto de GTA 6? Zero preocupação, segundo o estúdio
Sem data exata de lançamento, The Blood of Dawnwalker está previsto para chegar no próximo ano ao PC, PS5 e Xbox Series X/S. E, ao contrário do que muitos estúdios têm relatado, a equipe da Rebel Wolves não teme dividir o calendário com GTA 6.
“É claro que toda a indústria está olhando para GTA. É GTA”, reconhece Tomaskiewicz.
“Mas, como jogador, isso é ótimo. Vou jogar com certeza. E como desenvolvedor, também é ótimo. Vamos observar e seguir em frente.”
A Rebel Wolves parece decidida a romper com convenções e colocar a liberdade do jogador no centro da experiência. Se essa aposta ousada vai render um novo clássico moderno, é algo que descobriremos em 2026.
Fonte: Eurogamer
