Produção seguirá formato antológico inspirado diretamente na estrutura da franquia de jogos
A Ubisoft finalmente liberou a produção da aguardada adaptação de Far Cry para a TV, e o projeto já começa a tomar forma no FX. A série contará com uma dupla criativa de peso: Noah Hawley, conhecido por conduzir com maestria obras como Fargo e Alien: Earth, e Rob McElhenney, criador e protagonista de It’s Always Sunny in Philadelphia. A junção do estilo dramático, intenso e estilizado de Hawley com o humor ácido e peculiar de McElhenney promete abrir caminho para uma interpretação ousada e inesperada do universo da franquia.
Hawley confirmou que a série seguirá o formato antológico, preservando um dos elementos mais característicos de Far Cry. Assim como nos jogos, onde cada título apresenta uma nova temática, novos personagens e novos antagonistas, a adaptação televisiva adotará a mesma estrutura.
“O que eu amo na franquia de jogos Far Cry é que ela é uma antologia. Cada jogo é uma variação de um tema, da mesma forma que cada temporada de Fargo é uma variação de um tema”, declarou o showrunner.
Com isso, cada temporada da série será ambientada em um local completamente diferente, com uma história fechada e um elenco totalmente novo, o que abre espaço para múltiplos tons, estilos narrativos e atmosferas.
Confiança total da Ubisoft no projeto
Após dificuldades iniciais, ajustes criativos e um período de incertezas, a Ubisoft deu finalmente o sinal verde para a produção, permitindo que o FX e os showrunners avancem com o planejamento. Rob McElhenney não escondeu a empolgação:
“Trabalhar ao lado de Noah Hawley é a realização de um sonho. A Ubisoft tem sido extremamente generosa ao nos confiar um dos mundos de videogame mais icônicos já criados. E, através de tudo isso, minha família da FX continua me elevando com sua constante confiança e apoio.”
A declaração reforça que a parceria entre Ubisoft, FX e os criadores está sólida, algo fundamental para uma adaptação tão ambiciosa quanto Far Cry. Mesmo sem informações concretas sobre enredo, elenco ou data de estreia, a combinação de talentos envolvidos já levanta expectativas altas. Hawley tem histórico de transformar obras em experiências visuais fortes, repletas de simbolismos e camadas narrativas complexas. McElhenney, por sua vez, pode trazer ao projeto um olhar mais irreverente, capaz de equilibrar momentos dramáticos com sutis pitadas de humor, algo que poderia funcionar muito bem dentro do caos estilizado que sempre definiu a série de jogos.
O universo de Far Cry oferece espaço para todo tipo de abordagem: rebeliões em ilhas tropicais, conflitos filosóficos entre ditadores carismáticos, regimes contemporâneos opressivos e até mundos mais excêntricos e estilizados. O formato antológico permitirá que a produção explore tudo isso sem ficar presa a uma única narrativa contínua. Por enquanto, o projeto segue em estágio inicial, mas o envolvimento de nomes tão fortes e a natureza flexível da franquia indicam que a adaptação tem potencial para se tornar uma das séries de videogame mais interessantes da próxima leva. O desafio será equilibrar fidelidade temática com liberdade criativa, algo que Noah Hawley já domina, e McElhenney pode ajudar a levar para um novo patamar.
Se a série seguir o espírito da franquia, o público pode esperar temporadas marcadas por vilões inesquecíveis, conflitos humanos intensos e cenários exóticos que vão além do convencional. A única certeza, por enquanto, é que Far Cry no FX será tudo, menos previsível.
