Ex-presidente afirma que a Nintendo nunca será rival direta da PlayStation, mesmo com o poder do Switch 2

Ex-presidente afirma que a Nintendo nunca será rival direta da PlayStation, mesmo com o poder do Switch 2

Reggie Fils-Aimé acredita que a empresa seguirá priorizando criatividade e acessibilidade em vez de competir por poder gráfico.


O Nintendo Switch 2 está se tornando uma plataforma cada vez mais atrativa para grandes jogos de terceiros, o ex-presidente da Nintendo of America, Reggie Fils-Aimé, acredita que a companhia jamais buscará competir diretamente com a PlayStation. Em entrevista ao site The Game Business, o executivo comentou sobre a nova fase da Nintendo e reforçou que, apesar da evolução técnica, o DNA da empresa continua o mesmo.

“Na minha opinião, a Nintendo nunca vai se posicionar como concorrente direta da PlayStation. Isso não está no DNA deles”, afirmou Reggie. “Eles não pensam o negócio dessa forma. Mas sim, acredito que existe público para títulos como Assassin’s Creed e Call of Duty no Switch 2.”

Mais poder, mas o mesmo propósito

Reggie explicou que o aumento de desempenho do Switch 2 abre portas para jogos AAA que antes eram inviáveis, mas ressaltou que a filosofia da Nintendo não é competir pelo hardware mais potente, e sim oferecer uma plataforma acessível para criadores e jogadores.

“A Nintendo não pensa em ter o chip gráfico mais moderno ou o processador mais poderoso. Mas o hardware do Switch 2 é capaz de muita coisa — o foco está no middleware e em facilitar o trabalho dos estúdios”, destacou.

Segundo ele, a chave do sucesso está em fornecer as ferramentas certas para desenvolvedores terceirizados, permitindo que grandes franquias se adaptem ao console de forma eficiente, sem comprometer a qualidade ou o desempenho.

Eficiência técnica como marca registrada

Reggie também elogiou o nível técnico das equipes internas da Nintendo, citando The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom como exemplo de excelência em otimização.

“Jogos enormes como Tears of the Kingdom ocupam metade do espaço que outros estúdios usariam. Essa eficiência é algo que a Nintendo precisa compartilhar com parceiros, para que até versões um pouco defasadas de grandes títulos possam chegar ao Switch 2 e ainda assim ter sucesso.”

As declarações de Reggie reforçam o que muitos analistas já observam: o foco da Nintendo nunca foi a corrida por poder gráfico, mas sim criar experiências únicas, acessíveis e sustentáveis. Enquanto a Sony e a Microsoft investem em consoles cada vez mais potentes, a Nintendo continua apostando em inovação, design inteligente e jogabilidade diferenciada, pilares que a tornaram uma das empresas mais queridas da indústria. Com o Switch 2, a Nintendo parece determinada a manter essa identidade, equilibrando o avanço tecnológico com a filosofia que sempre definiu sua trajetória: colocar a diversão em primeiro lugar.

Fonte: GamesRadar