Ainda não sabemos se o PlayStation 6 chegará em 2027 ou 2028, mas uma coisa parece certa: o próximo console da Sony está a caminho — e, acompanhando a escalada dos preços de hardware, deve pesar ainda mais no bolso dos jogadores.
Informações oficiais ainda são escassas, mas o retorno da AMD como parceira de hardware já está praticamente confirmado. A expectativa é que sistemas de inteligência artificial (IA) desempenhem um papel importante na nova geração, especialmente em recursos como upscaling via FSR. Mas e a memória RAM? Quanto poder bruto o PS6 realmente precisa?
24 GB de RAM seria o equilíbrio ideal, dizem especialistas
De acordo com o respeitado canal Digital Foundry, o cenário mais plausível é o de um PS6 equipado com 24 GB de RAM. Embora 32 GB não estejam descartados, essa quantidade já entraria em um território mais ambicioso, especialmente considerando os custos elevados de produção.
Apesar do avanço em tecnologias como ray tracing, machine learning e gráficos de altíssima resolução, esses recursos ainda não exigem uma explosão de memória. Segundo a Digital Foundry, muitos modelos de IA usados em consoles lidam tranquilamente com menos de 1 GB de RAM. Ou seja, não há urgência técnica para um salto até os 48 GB, que elevaria o custo do console a patamares insustentáveis para o consumidor médio — e até mesmo para muitos desenvolvedores.
Além disso, aumentar drasticamente a RAM não garante mundos mais detalhados ou texturas mais complexas. A criação de conteúdo de alta fidelidade continua dependendo mais da mão de obra artística e do tempo de produção do que da memória disponível.
Microsoft pode seguir outro caminho
Enquanto a Sony parece mirar em uma evolução mais conservadora com o PS6, há rumores de que a Microsoft poderia apostar em um modelo mais próximo de um PC gamer pré-montado. Um conceito “PC-in-a-box”, com 32 GB de RAM e uma APU superpotente, não está fora de cogitação — especialmente considerando o foco da empresa em unificar seus consoles com o ecossistema do Windows.
Um console assim, no entanto, também custaria mais. E com o PS5 Pro beirando os €800, um Xbox de nova geração acima dos €1.000 parece uma possibilidade real — ainda mais para competir com o padrão de exigência atual do mercado de PCs.
Menos RAM, mais velocidade?
Outro fator considerado pela Digital Foundry é a possibilidade de compensar a quantidade de RAM com melhor desempenho da APU, por meio de clocks mais altos e soluções modernas de resfriamento, como câmaras de vapor e metal líquido — tecnologias que já vêm sendo usadas em consoles premium.
Essa estratégia permitiria à Sony manter o equilíbrio entre custo, desempenho e temperatura, sem precisar inflar a memória. Além disso, ajudaria a distinguir o PS6 de um suposto novo console portátil, também em desenvolvimento, que teria até 16 GB de RAM. Ou seja, manter o PS6 com 24 GB garantiria uma separação técnica mais lógica entre as duas plataformas, sem criar barreiras para o desenvolvimento de jogos multiplataforma.
Primeiros sinais do “Projeto Ametista”
Em março, Mark Cerny, arquiteto por trás dos consoles da Sony, deu uma amostra do que podemos esperar do PS6 em uma apresentação técnica, mencionando conceitos como “Projeto Ametista” e a tecnologia FSR 4 da AMD. Do lado da Microsoft, também há movimentações: a empresa confirmou parceria contínua com a AMD, mirando consoles, portáteis e PCs como parte de uma estratégia integrada.
O PS6 está cada vez mais próximo, e a configuração de 24 GB de RAM parece, até agora, o cenário mais equilibrado entre custo, desempenho e longevidade. Resta saber se a Sony seguirá esse caminho conservador ou se surpreenderá com um salto mais ousado.