Shawn Layden e sua saída da Sony: mudança de estratégia foi decisiva

Shawn Layden e sua saída da Sony: mudança de estratégia foi decisiva

Shawn Layden, ex-executivo da Sony, revelou recentemente os motivos que o levaram a deixar a empresa após mais de três décadas de contribuição para o crescimento do PlayStation. Entre 2014 e 2019, Layden esteve à frente da Sony Computer Entertainment America e da SIE Worldwide Studios, desempenhando um papel fundamental no lançamento de alguns dos jogos single-player mais aclamados da era PS4.

Durante esse período, a Sony consolidou sua identidade com títulos como God of War, Ghost of Tsushima e Spider-Man, jogos que moldaram a experiência do PlayStation para milhões de jogadores. No entanto, com a chegada do PS5, a empresa passou a adotar uma nova estratégia, voltada para o modelo de jogos como serviço. Foi essa mudança que levou Layden a concluir que seu tempo na Sony havia chegado ao fim.

O Novo Foco da Sony e a Decisão de Layden

Em uma entrevista recente, Layden explicou que a Sony começou a direcionar seus investimentos para jogos multiplayer com suporte contínuo, sistemas de assinatura e modelos de receita recorrente. Essa abordagem, segundo ele, não fazia parte de sua área de especialização ou interesse.

“A empresa estava tomando decisões estratégicas sobre o futuro da plataforma, com grande foco em jogos como serviço e fórmulas de assinatura. Esse não era meu campo de atuação nem algo que eu me via liderando. Eu sempre me identifiquei mais com experiências narrativas, como The Last of Us, Uncharted e Horizon. Então, depois de 32 anos na Sony, parecia o momento certo para me aposentar”

-explicou Layden (via DualShockers).

Dificuldades na Implementação do Novo Modelo

Desde que essa estratégia foi adotada, a Sony enfrentou desafios significativos. Diversos projetos de serviço foram cancelados antes mesmo de serem lançados, incluindo o aguardado multiplayer de The Last of Us. Além disso, Concord, planejado como um grande jogo de serviço, teve sua produção encerrada apenas duas semanas após o lançamento, resultando no fechamento do estúdio responsável.

Mesmo títulos estabelecidos, como Destiny 2—que agora pertence à Sony—, têm enfrentado dificuldades para manter um ritmo satisfatório de atualizações e engajamento da comunidade.

Apesar dos obstáculos, a empresa segue comprometida com sua estratégia. Jogos como FairGame$ e Horizon Online continuam em desenvolvimento, e a Sony busca equilibrar a oferta de experiências single-player e multiplayer.

O recente sucesso de Helldivers 2, por exemplo, mostrou que o modelo de live service pode funcionar quando bem executado. No entanto, resta saber se a Sony conseguirá replicar esse êxito com seus próximos lançamentos.